Os tambores do Muzenza começaram a tocar às 17h30 no Virada Salvador. Puxados pela voz de Jorge Garcia, cantor do grupo há 14 anos, o bloco afro foi a primeira atração do segundo dia de festival. Durante uma hora, o Muzenza percorreu a Arena Daniela Mercury com 25 percussionistas e dez dançarinos.
O espetáculo, que teve a companhia do pôr do sol, foi marcado por muitas coreografias e é uma prévia do que os artistas vão apresentar na Lavagem do Bonfim. “Queremos que o público sinta o gostinho e nos acompanhe nessa festa que é tão tradicional”, comenta Luciane Neves, 31, produtora do Muzenza há cinco anos.
Presença confirmada em todos os cortejos do bloco no Carnaval, desde 2002, Zeca Aparecido é tão apaixonado que tem até camisa pendurada na parede da sala, em homenagem ao grupo. “Não perco uma oportunidade, sempre que posso, venho atrás deles. É uma relação de amor que já dura muitos anos”, conta o segurança de 53 anos.
Já a aposentada Jovenina Fernandes nunca tinha visto o bloco de perto. “É uma linda maneira da nossa cultura afro ser preservada”, afirma a aposentada de 57 anos que veio de Senhor do Bonfim, a 375 quilômetros de Salvador, só para curtir o festival.
Com 25 anos na percussão do Muzenza, Adenilton Correia começou a frequentar os ensaios bem cedo, aos 12 anos, através do seu irmão, Robson. “Me apaixonei no primeiro momento, aqui dentro é tudo muito cultural, muito forte”, relatou.
Quem curte música latina já pode comemorar: é esse o tema do bloco para o Carnaval de 2018. “Vamos trazer variações rítmicas e percussivas desse nosso lado que é tão rico. A negritude latina tem uma identidade particular, queremos mostrar isso”, conta Luciane.
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Redação iBahia
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