Cem anos de história contados em noventa minutos. Assim foi a última mesa da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) nesta quinta-feira (13). A conversa foi sobre o centenário de Zélia Gattai, com a neta da escritora, Maria João Amado, e a professora Jailma Pedreira.Durante o bate-papo, Maria João Amado revelou histórias da paulista que foi casada com Jorge Amado. "Antes de ser escritora, ela era uma contadora de história sensacional. Através dessas histórias que ela contava eu consegui quebrar barreiras e vivi duas gerações. Eu conheci a Zélia jovem, a partir de seus livros. A minha vó tinhas muitas habilidades, ela falava seis idiomas, cozinha bem, era uma costureira sensacional".A participante completou dizendo que ela não planejava ser escritora e que isso aconteceu naturalmente: "Ela não pensava em escrever. Não tinha interesse. A minha vó foi a pessoa com a maior alta estima que conheci. Quem lê Zélia sabe que, até quando ela fala das dores e dificuldades, ela transmite uma leveza".A professora Jailma Pedreira também falou sobre o posicionamento de Zélia na luta contra o machismo. "Ela teve uma extrema importância para a discussão das questões do feminino. Mostrou que a mulher pode ser muito mais que uma dona de casa. Foi fotógrafa, escreveu, dirigiu. Ajudou a desfazer essa imagem de dona de casa. Ela mostra como podemos ter outro homem ao nosso lado. Mostra como o homem pode ser parceiro", pontuou.Na mesa, obras como "Anarquistas, graças a Deus" (1979) e "Um chapéu para viagem" (1982) foram temas da discussão, que contou com uma intervenção artística durante a palestra.
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Redação iBahia
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