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Polo Teatral: As peças do interior indicados ao Prêmio Brasken

As cinco montagens selecionadas irão concorrer na categoria Espetáculo do Interior

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Redação iBahia

28/03/2017 às 12:17 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:32 - há XX semanas
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A segunda edição do Polo Teatral – Festival de Teatro do Interior da Bahia, acaba de divulgar as peças selecionadas que irão concorrer ao Prêmio Braskem de Teatro, na categoria Espetáculo do Interior. Das 12 montagens, que integraram a programação do evento, foram escolhidas: Matraga, do Grupo Conto em Cena (Feira de Santana), o Santo e a Porca, da Cia Acordada (Ilhéus), Pariré, da Cia OperaKata (Vitória da Conquista), O Candelabro, da Cia Távola de Teatro (Lauro de Freitas) e Os Fogatas, da Cia Cuca de Teatro (Feira de Santana). O grande vencedor da categoria será conhecido na cerimônia de premiação da 24ª edição do Prêmio Braskem de Teatro, que acontece em abril.
Em parceria com o Prêmio Braskem de Teatro, o 2º Polo Teatral – Festival de Teatro do Interior da Bahia tem como proposta fomentar e reconhecer a produção teatral em municípios do interior baiano. A iniciativa tem o patrocínio da Braskem, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização da Polo Cultural e Ministério da Cultura - Governo Federal. A curadoria do projeto é do ator, diretor e artista visual Fernando Marinho. A comissão julgadora, responsável pela seleção dos espetáculos, teve como membros importantes nomes na cena cultural no estado: a atriz Cristiane Mendonça, a atriz, diretora e produtora cultural Vadinha Moura e a atriz e produtora Alethea Novaes.
Saiba mais sobre os espetáculos selecionados:

Matraga:

Do Grupo Conto em Cena, de Feira de Santana, é um espetáculo adaptado da obra A hora e a vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa. Relata a saga de um homem – o maior valentão e temido do lugar – em busca de sua redenção. Após uma surra, que quase o levou à morte, ele acredita que sua hora de entrar no céu irá chegar e, através da fé, da comunhão e do trabalho, busca a regeneração dos seus pecados. É uma história de grandes reflexões sobre a vida. É a demonstração da capacidade de mudança do ser humano.

O Santo e a Porca:

Dirigida por Ivana Nistico, a peça conta a história de um velho avarento conhecido como Euricão Arábe. O protagonista é devoto de Santo Antônio e guarda as economias de toda a vida numa porca de madeira. Adaptada da obra escrita por Ariano Suassuna, em 1957, a trama mistura o religioso e o profano. Aproxima-se da literatura de cordel e dos folguedos populares do Nordeste, numa comédia em três atos. Essa é a primeira montagem da Cia. Acordada, núcleo de teatro do Circo da Lua, de Ilhéus, e traz como diferencial a inserção das máscaras da commedia dell’arte e uma trilha sonora autoral e ao vivo.

Pariré:

É uma montagem da Cia OperaKata, de Vitória da Conquista. De forma poética e bem humorada traz para cena aquilo que já é constituído, estabelecido não pela relação do encontro entre indivíduos em si, mas pela construção de um jogo de projeções e expectativas. A construção de um “não- ser” a partir do que se é desejado, programado a um conduzir-se a ser. Duas mulheres dividem o mesmo espaço. A primeira; uma velha que é mais uma mãe e que será mais uma avó. A segunda, uma moça que é mais uma filha e que será mais uma mãe. Ambas se constituem e se conduzem no presente pelo desejo do que já se espera para elas: Um próspero e já estabelecido futuro dele, o filho, o neto.

O Candelabro:

Uma produção da Cia Távola de Teatro, de Lauro de Freitas, o espetáculo O Candelabro é um solo teatral escrito por Duduzinho Nery, com atuação de Ruth Marinho. O espetáculo possui um tema provocante sobre a crueldade dos atos de violência que vitimam milhares de mulheres e revela a dimensão de aspectos que circundam as vidas de quem está diante desta situação. A peça se divide em lapsos de memória que marcam a vida de Maria Aurora, abordando os seus conflitos e o seu sofrimento, mostrando como em uma atitude transgressora ela consegue ser a sua própria luz. O Candelabro é fruto de uma pesquisa do autor no livro “Sobrevivi posso contar”, escrito por Maria da Penha Fernandes.

Os Fogatas:

Uma comédia de famílias para toda a família. A livre adaptação da Cia Cuca de Teatro, de Feira de Santana, inspirada no texto “Os Cigarras e os Formigas” de Maria Clara Machado conta a história de três famílias muito diferentes, Os Formigas, Os Cigarras e Os Batistas. Buliçosos vizinhos que se metem em planos, confusões com revelações, e até chegar a um final surpreendente. A montagem realizada pela Cia Cuca de Teatro dá a possibilidade de apresentar uma trama com relações interpessoais. Um espetáculo que reúne as técnicas do palhaço, o teatro de animação em luvas e trilha musical ao vivo. Os personagens representados pelas famílias dos Cigarras, Formigas e Batistas, além de suas vivências inusitadas, nos transmitem ideias sobre o respeito, as diferenças e a necessidade do diálogo para se estabelecer uma convivência mais harmoniosa entre os indivíduos.

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