Os efeitos da crise econômica dos últimos anos aparentemente diminuiram, e o país já demonstra querer voltar a crescer. Contudo, 2018 será um ano de muitas incertezas e a economia reage com lentidão às ações positivas e com rapidez às negativas, o que gera reflexos diretos nas finanças pessoais. Contudo, mesmo com um cenário, não há motivos para desânimo, e sim para planejamentos e adequação, buscando se fortalecer e aprender com o período que atravessamos.
Para auxiliar, elaborei algumas orientações pertinentes:
1. Livre-se das dívidas
Muitos pensam em como se livrar das dívidas em um momento de crise. Pode parecer impossível, mas é exatamente nesses momentos que os credores também oferecem as melhores condições para negociações. A orientação é que o primeiro passo seja o de resolver o problema que levou ao endividamento, isto é, a causa. Adequar seu padrão de vida à sua realidade é muito difícil, mas é fundamental observar que não se pode viver em uma realidade que não é sua. Cortas gastos para ganhar fôlego e, assim, poder assumir o compromisso de pagar as dívidas é a melhor opção agora. Se não se livrar desse problema de forma emergencial, pode ter certeza que a alta dos juros prejudicará a sua saúde financeira no futuro.
2. Faça uma faxina financeira
Sabia que, em média, 25% dos nossos gastos são com supérfluos? As pessoas sempre dizem que não têm mais da onde reduzir as despesas, mas, depois, quando fazem uma análise, observam que é possível. É preciso realizar um diagnóstico de sua vida financeira por 30 dias, anotando tudo o que gasta por tipo de despesa, até mesmo cafezinhos e gorjetas. Assim, verá uma realidade muito diferente do que imagina. Mas ressalto que não se deve virar escravo dessa anotação, pois, quando vira rotina, perde a eficácia.
3. Não tenha medo de sonhar
Por mais que o cenário para muitos seja de pesadelo, nessa hora, é de grande importância sonhar, ou seja, definir os objetivos materiais, pois eles é que farão com que se tenha foco para evitar o descontrole ou mesmo o desespero. Reúna a família e converse sobre o tema, dividindo os sonhos em três tipos: curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo (acima de dez anos) prazos, definindo também quanto custam e quanto poderão poupar por mês para realizá-los.
4. Mude o formato de seu orçamento
Um erro comum é pensar que orçamento financeiro familiar consiste em registrar o que se ganha e subtrair o que se gasta e, caso sobre dinheiro, terá lucro, se faltar, prejuízo. A forma correta, no entanto, consiste em primeiramente elaborar o registro de todas as receitas mensais, e depois separar os valores pré-definidos para os projetos da família e, somente com o restante, readequar os gastos. Isso forçará um ajuste do padrão de vida familiar para conquistas financeiras.
5. Aprenda a investir
Observo que muitos poupam sem estabelecer um propósito e escolhem um investimento pensando apenas no que é mais prático. No mercado financeiro, existem diversas opções de aplicações com riscos diferentes. A orientação é procurar variar o investimento de acordo com o tempo em que utilizará o dinheiro. De forma geral, o risco de uma aplicação financeira é diretamente proporcional à rentabilidade desejada pelo empreendedor, ou seja, quanto maior o retorno estimado pelo tipo de aplicação escolhida, maior será o risco, por isso, é preciso cautela.
* Reinaldo Domingos é doutor e mestre em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Mesada não é só dinheiro, e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.
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Redação iBahia
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