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"A gente já tinha mais ou menos essa informação de renúncia" |
A renúncia de Ricardo Teixeira da presidêndia da CBF e o consequente promoção de José Maria Marin, então vice da região sudeste, não foi bem digerido para alguns dirigentes esportivos, especialmente por Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF). Ednaldo é tido como uma das lideranças do grupo 'rebelde', que defende uma nova eleição para o comando máximo da entidade máxima do futebol.A reclamação do grupo é que uma vez Marin à frente da CBF, a entidade dará mais prestígio ao eixo Rio-São Paulo e acabará preterindo as demais regiões. Em entrevista ao
Portal Terra, Ednaldo disse que conta com o apoio de outros presidentes de federações e se declara 'independente' ao invés de 'rebelde. "A gente já tinha mais ou menos essa informação de renúncia. Na reforma do estatuto que fizemos em 2006, ainda sem a Copa certa, se esclarece tudo de que o mandato seria coberto até o final da Copa (2015). Essa posição não é só minha, mas de outras federações que foram intituladas rebeldes. Eu trocaria por independentes", disse.
Ao Globoesporte.com, Ednaldo mostrou sua indignação com o episódio, já que, no último dia 29 de fevereiro, na Assembleia Geral, foi dito que o Teixeira apenas tiraria licença-médica. "Eles tiveram a oportunidade de avisar a todos na Assembleia Geral Extraordinária, no último dia 29. Todos foram até o Rio de Janeiro para saber o que estava acontecendo. Agora, doze dias depois, o Marin convoca uma coletiva para ler a carta de renúncia do Ricardo Teixeira? É lógico que mentiram", bradou.Para o presidente da FBF, o assunto ainda terá mais desdobramentos. "Isso ainda vai render muito assunto. Ninguém sabe direito como aconteceu esse acordo entre Federação Paulista de Futebol (FPF), José Maria Marin e CBF. Vamos ouvir do Marin por que esse tempo todo eles disseram que o Teixeira não renunciaria", finalizou. Presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho também defende um novo processo eleitoral na CBF. "Seria o mais transparente para o processo de sucessão. Daria oportunidade para se discutir novas ideias e conceitos para a CBF e para o futebol brasileiro. Já José Rocha, deputado federal e também presidente do conselho deliberativo do Vitória, criticou a gestão de Teixeira à frente da entidade. "Ele acumulou muito desgaste à frente da CBF. Isso inviabilizou a permanência dele à frente da entidade".