icone de busca
iBahia Portal de notícias
SALVADOR

Após assembleia, policiais militares deflagram greve

A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta terça-feira

foto autor

15/04/2014 às 19:38 • Atualizada em 01/09/2022 às 16:34 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
Os policiais e bombeiros militares decidiram entrar em greve na assembleia realizada nesta terça-feira (15) no Wet'n Wild. A assembleia, que começou por volta de 18h20, teve o intuito de discutir as propostas apresentadas pelo Governo da Bahia de reestruturação e modernização da Polícia Militar. O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA), Agnaldo Pinto, confirmou a greve desta associação e disse que a categoria não aceitou as propostas feitas pelo Governo. "A tropa entende o que foi oferecido foi muito pouco", disse ele. Segundo Pinto, já havia um indicativo de greve. "E agora é pedir para o Governo negociar o mais rápido possível", concluiu. Pinto informou ao iBahia, por volta das 21h30, que ainda há policiais no Wet'n Wild, mas que os policiais não devem permanecer por lá, acampando no local, já que o espaço é privado. A categoria, que reúne pelo menos 34 mil homens na ativa no estado, reivindica melhoria salarial, mudanças na política remunerativa, plano de carreira, acesso único ao quadro de oficiais, um Código de Ética, aposentadoria com 25 anos de serviço para a Polícia Feminina, aumento do efetivo, bacharelado em Direito para os oficiais, além de elevação de toda a tropa para o nível superior entre 2014 e 2018. O governo tem até 180 dias antes do início do período eleitoral para remeter ao Legislativo qualquer projeto que provoque alterações salariais de servidores. A assembleia desta terça-feira contou com as diversas associações da categoria, como a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), a Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (Força Invicta). Mais cedo, o comandante-geral da Polícia Militar, Alfredo Castro, havia informado que a corporação se comprometeu a repensar o Código de Ética da PM e os processos disciplinares dos envolvidos, entre outras coisas, segundo a TV Bahia. Esta declaração foi feita antes da deflagração da greve. Uma reunião foi realizada mais cedo entre Prisco, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e terminou por volta das 18h, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP). A assessoria disse não ter informações sobre o teor desta reunião. Segundo informações da repórter Lorena Dias, da CBN Salvador, o coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco, e outros líderes de associações estiveram reunidos em uma espécie de camarim no Wet'n Wild antes do início da assembleia para discutir uma contraproposta do Governo que havia sido recebida durante a reunião de mais cedo com o Governo. Depois, esta contraproposta foi lida na assembleia e, em seguida, houve a votação para a decisão sobre a greve. Ainda de acordo com Lorena Dias, um representante da Polícia Civil esteve na assembleia e declarou que a Polícia Civil está apoiando o movimento dos policiais e bombeiros militares.
Por volta das 16h, o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA), Agnaldo Pinto informou que cerca de 10 mil policiais estavam no Wet'n Wild, na avenida Paralela para a assembleia. Segundo o vice-presidente da APPM-BA, Roque Santos, policiais vieram do interior do estado para participar da assembleia no Wet'n Wild.
Veja também Shopping nega boatos de assalto; TRT suspende expedienteEm entrevista ao iBahia, na noite de segunda-feira (14), o coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco, falou sobre as propostas sugeridas pelo Governo. "As propostas que o Governo ofereceu para a gente não contemplam a categoria", disse. Ele afirmou, ainda, que essas contrapartidas serão discutidas na assembleia desta terça e não descartou a possibilidade de greve, caso não sejam aceitas pela classe. Já o secretário da SSP, Maurício Barbosa, garantiu que irá rever alguns pontos apresentados aos policiais, incluindo o código de ética, o plano de carreira e a promoção na corporação. “Na quinta-feira passada, apresentamos a proposta do governo e, desde aquele, momento havíamos falado para todos que estávamos colocando aquilo para apreciação. Eles trouxeram uma análise do material. São propostas que vamos analisar e que estamos dispostos a revisar”, diz Barbosa. "O diálogo é o melhor caminho para que haja um avanço", acrescenta. 12 dias de greveEm janeiro de 2012, os policiais militares e os bombeiros da Bahia realizaram uma greve que durou 12 dias. Cerca de 3 mil policiais ocuparam a Assembleia Legislativa, no Centro Administrativa da Bahia (CAB), durante a paralisação. Os policiais reivindicavam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria. Durante a greve, a Força Nacional de Segurança Pública e o Exército reforçaram o policiamento em Salvador. Os agentes foram distribuídos em locais de maior circulação de pessoas, como estações de transbordo, hospitais, e Terminal Rodoviário. *Com informações 24h

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Salvador