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Acidente no Itaquerão: Operador do guindaste nega falha humana

O operário prestou depoimento quarta (4) no 65º Distrito Policial, em Itaquera, zona leste paulistana

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05/12/2013 às 11:15 • Atualizada em 27/08/2022 às 9:23 - há XX semanas
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O operador de guindaste José Walter Joaquim, que içava a última peça da cobertura do estádio do Corinthians, o Itaquerão, quando ocorreu o acidente que matou duas pessoas no último dia 27, negou ter falhado durante a operação e disse que aguarda a perícia técnica para saber o que provocou a queda da grua. O operário prestou depoimento quarta (4) no 65º Distrito Policial, em Itaquera, zona leste paulistana.“Ele não tem uma explicação exata para o que ocorreu. Fizeram todo um planejamento [para o trabalho], segundo ele”, disse o delegado Luiz Antônio da Cruz, responsável pelas investigações. De acordo com o depoimento, um plano de trabalho feito pela Construtora Odebrecht e validado pela empresa Locar, que operava o guindaste, mostrou que as condições técnicas de vento, chuva e solo eram favoráveis para o trabalho naquele dia. “Não tinha problemas com o solo, o tempo estava bom e ele disse, inclusive, que fez os outros 37 içamentos [da obra]”, informou o delegado.Segundo Luiz Cruz, o operador disse ainda que tentou várias vezes colocar a peça no local, mas não foi possível. Em seguida, o supervisor da operação pediu para que saísse do guindaste. O advogado da Locar, Carlos Kauffmann, acompanhou o depoimento do funcionário da empresa e, na saída, fez questão de destacar as qualificações técnicas do seu assistido. “Ele tem 34 anos de experiência como operador de guindaste. Desde que esse equipamento chegou no Brasil, ele opera. Tem longa experiência”, informou. O defensor disse também que esse foi o primeiro acidente da carreira do operador e que o mesmo não relatou haver insegurança em relação ao solo no dia da ocorrência. “Se estivesse inseguro, não teria feito a operação”, garantiu.Kauffmann reforçou que, para ele, o erro humano está descartado e que a máquina está sendo submetida a análise de engenheiros e dos fabricantes, e só então poderá ser constatado se houve falha mecânica. “Qualquer desconfiança é suposição. Ele [operador] não tem hipótese. Ele trabalha com dados técnicos também. Vamos aguardar o laudo técnico para saber qual foi a causa”, apontou.Leia mais Alerta de risco na Arena do Corinthians foi ignorado, diz SindicatoSegundo COL, Arena do Corinthians não corre risco de perder abertura da Copa

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