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"Ainda não caí na real", diz baiana que levou bronze em Londres

Pugilista baiana desembarcou em Salvador na segunda. Veja as projeções dela para o futuro da carreira

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14/08/2012 às 10:02 • Atualizada em 03/09/2022 às 4:30 - há XX semanas
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Adriana Araújo: "Essa medalha vale ouro"
Teve atleta que abriu o sorriso quando viu que tinha lanchonete de graça na Vila Olímpica. Mas para a pugilista baiana Adriana Araújo, medalha de bronze na categoria até 60kg em Londres, um hambúrger não é um sonho de refeição. "Quero comer uma comida baiana", revelou ao Correio* a medalhista, cheia de sorrisos, após consultar o treinador Luiz Dórea e receber o sinal positivo para sair da dieta vencedora. Adriana, 30 anos, desembarcou na segunda-feira em Salvador após voltar da capital inglesa, onde, na última sexta, ficou com o bronze ao perder uma questionável luta contra a russa Sofya Ochigava pelas semifinais do boxe. "Essa medalha vale ouro. Tenho a sensação de dever cumprido, mas ainda não caí na real", disse a atleta, tímida com o assédio da imprensa no aeroporto, onde foi recepcionada por colegas da Academia Champion e aplaudida pelo público. Cigano - O sorriso e a emoção só vieram mesmo quando o campeão dos peso-pesados do UFC, Junior Cigano dos Santos, apareceu do meio da galera. "Cheguei na hora certa!", gritou o campeão de MMA, que treina com Adriana na Champion, no bairro da Cidade Nova. "Ela vem representando a Bahia e realizou esse sonho. A medalha é grande, é pesada e vale ouro", declarou Cigano, emgolgado com a ideia olímpica. "Que dá vontade de ter uma dessa, dá". O campeão, que colocará o cinturão do UFC em jogo em 29 de dezembro, contra Cain Velásquez, revelou que treina com Adriana. "Ela me bate também, me dá umas porradas. Os meninos têm que estar preparados para fazer sparring com ela, senão apanham". Do aeroporto, Adriana seguiu num carro do Corpo de Bombeiros para a Secretaria de Infraestrutura, onde foi recepcionada pelo vice-governador Otto Alencar. A pugilista começou no esporte aos 14 anos, no bairro de Brotas, onde ainda vive. Começou no futebol, mas enveredou no boxe a partir do contato com o treinador Rangel Almeida. "Tive a felicidade de encontrar ele e, depois, ele me indicar para treinar com Luiz Dórea. Aí tive interesse de realmente aprender para competir", lembra. Futuro - Em Londres, após ganhar a medalha, Adriana criticou o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Mauro José da Silva. "Dificuldade financeira é uma coisa normal. Outra coisa é ter dificuldade com dirigente que trata com ignorância e impede que os atletas cresçam", afirmou. Os problemas foram reiterados pelo também pugilista olímpico Robenilson de Jesus. "Prefiro virar profissional do que ficar sendo humilhado", disse o baiano. "Se ele continuar lá (na CBBoxe), eu não volto", garantiu Adriana, que vai estudar se continua no boxe amador até o Rio 2016 ou vai se profissionalizar. Há ainda a chance de migrar para o MMA. "Vou pensar em 2012 ainda e comemorar esse bronze", garantiu. Tem todo direito. Recepção de ouro

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