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Marily dos Santos é alagoana, mas radicada na Bahia |
Marque no cronômetro: faltam 144 horas para a Meia Maratona Caixa da Bahia. Na semana que antecede a prova, a expectativa dos atletas de elite é tão grande quanto a dos corredores amadores.
Ainda dá tempo para você fazer sua inscrição da MMA; entre no site da prova e confira todas as informaçõesVencedora das duas edições anteriores da prova, a alagoana radicada na Bahia, Marily dos Santos, não vê a hora de disputar os 21km em Salvador, onde reina como favorita nos últimos anos. “É em Salvador. Jamais deixaria de correr uma meia maratona por aqui. O percurso é lindo, na orla e tem mais atrações”, revela. E a corredora chega empolgada depois do resultado conquistado na Maratona do Rio, no último dia 7. Marily foi a melhor brasileira na prova, ao completar o trajeto em quarto. O pódio foi dominado pelas quenianas.O desafio é manter a competitividade, mesmo com um espaço curto de tempo entre as corridas. “Estou preparada pra chegar entre as cinco primeiras. Ano passado, eu treinei só para essa prova. Esse ano, tive outros objetivos. Mesmo que não ganhe, eu quero estar lá. Estou com um lastro de treinamento”, avisou a atleta, sempre favorita.A principal preocupação da corredora é justamente bater as rivais quenianas, que devem chegar a Salvador mais descansadas. “Está recheado de quenianas. Com certeza as maratonistas que fizeram a prova do Rio, já não são as mesmas que vem. Se fosse, dava para encarar. É que nem no futebol, elas sempre têm jogadoras no banco descansando, enquanto outras estão correndo”, brinca.Tem mais Giomar Pereira, o Gladiador, vive situação semelhante à de Marily. O baiano de Jacobina venceu a Meia Maratona Caixa da Bahia do ano passado, e vem de triunfo no último dia 7. “Pra mim é um pouco complicado. Fui campeão no Rio. Vai ser difícil dizer que estou preparado pra ela. Vou correr, brigar pra chegar no pódio”, manteve a justificativa de Marily dos Santos.Vale lembrar que, nos 21km, os atletas largam do Jardim dos Namorados, como todos os das outras categorias, e seguem até as proximidades do Sesc, em Piatã. De lá, fazem o retorno e voltam para cruzar a linha de chegada no próprio Jardim dos Namorados. O campeão do ano passado usa a experiência na prova para apontar a parte mais complicada do trajeto. “A parte do percurso mais difícil é a primeira volta, que pega um pouco de subida. O cara tem que segurar um pouco o ritmo e deixar para apertar na volta”, considera.Como é disputada quase toda à beira-mar, os atletas sofrem mais com os efeitos do vento, fator que pode ser determinante para o desempenho na prova. “O vento ali varia muito na orla. Era bom ter uma biruta pra observar melhor. Você tem que montar sua estratégia de acordo com a direção do vento. Se estiver contra, tem que dar uma segurada no ritmo”, explicou Marily.
Drible - Com os seus 1,56m de altura, a corredora baixinha se aproveita da sua estatura para driblar os efeitos negativos do vento. “A gente que é miudinha se aproveita das atletas maiores pra ficar no meio, pegar o vácuo. Ganhei a maratona Maurício de Nassau, no Recife, assim. O vento estava muito forte na largada. Tinha três quenianas na frente. Tive coragem e paciência de ficar até a metade, os 21km, atrás delas. Depois abri”, revela a estratégia.Por fim, o campeão da primeira edição da prova, em 2011, Edson Amaro, alerta que o corredor precisa segurar a onda na orla da capital. “É uma prova que tem que ter muita cautela. No meio da prova, exige muito do atleta. E tem a modificação de temperatura que pode te atrapalhar um pouco”, disse.A terceira edição da Meia Maratona Caixa da Bahia acontece no próximo domingo, com largada a partir das 7h. As inscrições seguem abertas até quarta-feira, e podem ser feitas na internet, através do site meiamaratonadabahia.com.br. A entrega dos kits começa na quinta-feira e se estende até o sábado, véspera da prova.