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Sonhar é gratuito, mas para que o sonho se realize, é preciso pés nos chão. Depois de levar duas goleadas do Vitória no campeonato, a racionalidade diz que o Bahia ganhar do rival por mais de quatro gols de diferença, no Ba-Vi de hoje, às 16h, no Barradão, na segunda partida da final do Baiano, é próximo a um milagre. A matemática das probabilidades é desfavorável, mas o futebol não é uma ciência exata. “A gente que está há muito tempo aqui no estado, e tem muito tempo de trabalho no Bahia, sabe o que esse clube pode fazer num momento desses. Já deu mostra disso inúmeras vezes”, acredita o auxiliar-técnico Chiquinho de Assis, que comandará o time hoje à tarde e depois corre risco de deixar o clube, pois o novo técnico, Cristóvão Borges, chega a Salvador amanhã trazendo dois auxiliares. A última, e única, vez que o Vitória perdeu em casa por mais de quatro gols de diferença foi em 1996, quando levou 5x0 do Juventude. A maior goleada recente do Bahia por mais de quatro gols foi no ano passado, quando fez 7x1 no Itabuna. Em Ba-Vis, a última goleada do tipo remonta a 10 de outubro de 1952, quando o Bahia ganhou por 6x1, na Fonte Nova.
EscalaçãoChiquinho não divulgou o time que vai a campo, mas deve ter novidade na lateral esquerda, onde ele improvisou o zagueiro Demerson novamente no treino de ontem. “Estamos fazendo experiências, treinamos essa possibilidade”, admite. Jussandro seria a outra opção. Na direita, Madson, com dores, deixou o treino mais cedo e foi substituído por Neto. Chiquinho cobra mais organização em campo, principalmente na recomposição defensiva e contra-ataque. “Uma equipe tem que saber o que está fazendo, mesmo numa situação tão delicada como essa”, sustenta. Sem Fahel, suspenso, e Talisca, convocado para a seleção sub-20, o meio terá Toró, Diones, Hélder e Marquinhos. Os atacantes Adriano e Zé Roberto estão fora do clássico e Ryder formará o ataque com Fernandão. O jovem atacante está na lista de dispensados do clube, mas Chiquinho esclarece: “a dispensa dele não cede à questão técnica”. O problema é a renovação do empréstimo de Ryder, que acaba no dia 30 de junho. Ele é vinculado à Fiorentina e o clube italiano quer dinheiro para reemprestar o jogador de 20 anos ao Bahia.
Matéria original do CorreioBahia tenta driblar todos os prognósticos e golear o Vitória