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Baianos pegam trilhas de enduro na contramão do estresse

Estradas na Região Metropolitana de Salvador viram ponto de encontro para o aventureiros de final de semana

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11/02/2012 às 10:37 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:41 - há XX semanas
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Itens de segurança protegem dos tombos, que são comuns
Fórmula para aliviar o estresse: uma moto especialmente preparada - de preferência barulhenta -, estrada de chão batido, riacho, poeira e, se o tempo permitir, até lama. O resultado dessa mistura pode não ser dos mais populares, mas para alguns empresários, advogados, médicos, engenheiros e outros profissionais que vivem com a semana cheia em Salvador e Região Metropolitana, nada melhor que o resultado dessa combinação, o Enduro, para fazer o estresse pedir férias.Domingo é o dia escolhido para trocar os carros pelas motos e o asfalto e o congestionamento da cidade pela estrada de terra. Apertar os punhos e seguir a trilha é a única ordem. Um dos roteiros mais procurados da região, sai de Lauro de Freitas, passa por Camaçari e vai até as proximidades de Monte Gordo. São mais de 50 quilômetros para os aventureiros de final de semana se divertirem. Mas esta não é a única rota. Ao longo da Estrada do Côco é possível encontrar outras trilhas para desbravar. Galeria: aventureiros radicalizam em trilhas de enduro nas proximidades de Salvador"Já faz mais de 20 anos que eu e alguns amigos fazíamos trilha de bike, quando batia a vontade de tomar um banho de cachoeira. Foi assim que conheci a trilha. Depois de algum tempo comprei uma moto e acabei conhecendo outros amigos que também fazem enduro", conta Ricardo Ferreira, 38 anos, um dos motoqueiros dominicais das trilhas de enduro na Região Metropolitana de Salvador.Um dos parceiros de aventura de Ricardo é o médico e amigo Pedro Brandão. Juntos, eles já protagonizaram um episódio que levou a amizade da estrada direto para a sala de cirurgia. "Eu estava ali para me divertir, mas aconteceu de o Ricardo sofrer um acidente mais sério. Foi a hora de mudar de foco. Médico é médico 24 horas por dia. Por sorte eu estava ali e pude ajudar", disse o ortopedista, que ainda fez a cirurgia do amigo quando ele teve o fêmur fraturado depois de um salto sobre a moto.
Apesar das horas em que deixou de ser piloto para voltar à função de médico, Pedro continua entrando na trilha para relaxar. "O dia-a-dia do trabalho é muito estressante. O enduro veio como uma válvula de escape, já faz quatro anos. Às vezes eu participo de campeonato, mas é mais como lazer mesmo". A saída da rotina cansativa é compartilhada por colegas de outras profissões. "Conheço advogados, mais médicos, e gente de outras áreas que também pilotam com o mesmo propósito".Haja tombo - No enduro, as quedas entram no roteiro e em alguns casos são inevitáveis. "É uma atividade de risco, sim. Mas ao mesmo tempo que pode ser pra uns, para outros é muito tranquilo. Depende muito da pessoa. Quem está ali só pra curtir, não está competindo, o perigo é menor" explica Ricardo. Para diminuir os riscos, cabe ao piloto pegar a trilha bem equipado para poder sair do tombo e continuar curtindo o percurso. Capacete, óculos, colete, cotoveleiras, luvas, joelheiras e botas são os principais itens de segurança do traje.A manutenção das motos também é muito importante. Elas podem ser do tipo "trail", de uso urbano, e personalizadas para o enduro, ou do tipo "cross" que já vem pronta para a atividade. Para os iniciantes e interessados, em Salvador existem alguns clubes de motociclistas e grupos de amigos que se reúnem periodicamente para, entre outras modalidades, praticar o enduro. Mais contatos podem ser encontrados com a Federação Baiana de Motociclismo ( (71) 3481 0891 / 91278787).

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