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Torres é enfático: "hoje, o Brasil não tem time" |
Capitão da Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato em 1970, Carlos Alberto Torres demonstrou preocupação com a equipe de Mano Menezes para a Copa do Mundo de 2014. O ex-lateral vê outras equipes na frente do Brasil na luta pelo título, como Espanha e Alemanha, e afirmou que hoje não considera o time canarinho forte. "Todo mundo quer ver o Brasil campeão no nosso país. Mas temos de estar preparados. Será que o Brasil vai ganhar? Será que tem time? Sou otimista, mas realista. Hoje, o Brasil não tem time. Temos que lembrar que nas últimas duas Copas tínhamos seleção muito melhor que a atual e não ganhamos. Agora, o fato de jogar no Brasil vai levar o time para frente, vamos ganhar? Não é assim, não. Temos de estar preparados e esperar com paciência para ver o estágio da seleção. Na Europa, hoje há seleções num estágio muito mais adiantado. A própria Espanha e a Alemanha. Pouca gente fala da Alemanha, mas para mim é a seleção que vai chegar como a grande favorita", disse Torres ao "Portal da Copa", site oficial do governo federal sobre o Mundial. O ex-lateral lembrou ainda a derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa de 1950, a primeira realizada no país. Mas Torres acredita que o "Maracanazo" não deve assustar a atual geração de jogadores. "É coisa de momento. O futebol hoje ganhou outra dimensão. É logico que no Brasil existe ainda o fanatismo em torno da Seleção, mas acho que vivemos em outra época. Há de se levar em consideração que era a estreia de um estádio, o Maracanã, que foi feito justamente para aquela Copa. Então, evidentemente que todo brasileiro queria ver o Brasil ganhar, até porque tinha um bom time. Mas acho que essa coisa de “Maracanazo” não existe mais". O capitão do tri analisou também a situação das obras dos estádios para 2014 e afirmou que não espera problemas de organização no Mundial. "Os estádios estarão prontos, não sei se 100% preparados para realizar uma Copa do Mundo dos sonhos. O governo brasileiro não seria infantil de arcar com a responsabilidade de aceitar trazer a Copa sem os estádios prontos. Em relação a isso, sou muito otimista e não tenho receio nenhum. Vai estar preparado", concluiu.