O Vitória começa no próximo sábado, diante do Sampaio Corrêa no Barradão, a sua caminhada na Série B. A uma semana da estreia, o técnico Claudinei Oliveira conversou com o CORREIO. O treinador falou sobre a preparação da equipe, a possibilidade de atuar sem um atacante de referência e os jovens que despertaram a sua atenção na final do Baiano sub-20, vencido pelo Leão sobre o Bahia na última sexta.
O time está pronto para a estreia da Série B?Você não pode entrar em qualquer campeonato no seu máximo, nem fisicamente e nem taticamente. Acho que você tem que evoluir durante a competição. O Vitória está pronto para iniciar bem, acreditamos que vamos evoluir com alguns jogadores, que não estão muito acostumados a jogar a Série B, entendendo o campeonato e conhecendo melhor os adversários. E com mais alguma peça que possa chegar para qualificar o elenco, a tendência é que a gente entre num nível bom.
Dakson jogou pouco nesse início de temporada, mas dá pra perceber que você está utilizando ele muito nesses treinamentos. Será titular?O Dakson, dos jogadores que a gente tem, é o meia que joga melhor ali naquela função, quando você joga com três homens no meio, no 4-2-3-1. Aquele meia por dentro que se adapta melhor em jogar de costas, em fazer o time jogar. Estamos apostando nele, tem uma boa finalização. Mas vamos ver. Temos uma semana para a estreia. Vamos trabalhar para escalar os 11 melhores no dia do jogo.
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Escudero e Jorge Wagner. O que pode fazer diferente para que essa dupla possa jogar junta e bem?Você tem que criar situações para que eles joguem. Jorge Wagner tem uma liderança, a presença dele em campo tem um peso muito grande para nós, os adversários e a arbitragem. Jogador que tem esse lastro, campeão brasileiro pelo São Paulo, uma carreira vitoriosa. Estamos optando por colocar Escudero um pouco mais aberto, como um meia-atacante pela beirada. Ele tem feito muito bem isso. Está tendo um bom entrosamento entre os dois e Mansur, que está treinando na lateral esquerda. Eles têm feito boas triangulações por ali e acho que dessa forma eles conseguem jogar juntos. Às vezes, não dá para colocar os dois num espaço muito próximo, pelos dois serem canhotos e puxarem a bola para o mesmo lado. A inteligência tática deles é muito interessante e vai nos ajudar muito.
Com a saída de Neto Baiano, existe a possibilidade do Vitória atuar sem um atacante de referência nessa Série B?Existe. Vamos trabalhar isso essa semana. Temos o Elton que é um cara de referência, mas temos a opção de jogar com Vander e Rogério, Rogério e Rhayner, enfim. A gente pode optar por dois jogadores mais rápidos para que a gente tenha um ataque bastante móvel e com boas opções de fazer infiltrações por dentro. Você acompanhou a final do Baiano sub-20, na qual o Vitória foi campeão. Qual a sua avaliação dos garotos? Quem você acha que pode integrar o elenco profissional?A base do Vitória é muito boa. Sempre tem jogadores que vão acabar nos ajudando. Nos dois jogos, eu gostei muito do Gabrielzinho. Jogador muito interessante, competitivo, que tem muita qualidade e, taticamente, ele cumpre bem a sua função. O atacante Rafaelson está sendo muito elogiado e foi artilheiro do Vitória no campeonato. Já dá pra subir?Bom jogador também. Prende bem a bola lá na frente. Um atacante de referência com um bom jogo aéreo, faz bem o pivô. Com certeza vamos puxar alguns atletas para que possam treinar no profissional.
Marcelo foi lançado no Brasileiro de 2013, mas sofreu com lesões. O que acha desse jogador? Ele já jogou dois jogos comigo esse ano. Coloquei no segundo tempo contra o Ceará e o Anapolina. Jogador interessante, com um passe muito bom. Joga pra frente, na vertical. Não é um jogador que só joga de lado. Me agradou muito nos treinos. Vamos observar mais.
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