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Marcelo Filho: "tenho certeza que isso vai se resolver" |
Apesar de um interventor em tese está no comando, o Bahia está à deriva.
Desde a decisão da justiça de suspender a eleição presidencial e destituir Marcelo Guimarães Filho, então mandatário, o clube não tem ninguém neste momento à frente das decisões no aspecto prático, especialmente as que dizem respeito ao futebol, num período do ano marcado pela agilidade nas contratações e renovações de jogadores. Administrador provisório escolhido pela justiça, o advogado Carlos Eduardo Rátis aguardar o parecer do pedido de cassação da liminar impetrado pelo departamento jurídico do clube. Até o desfecho, nada deve ser feito. Presidente expulso, Marcelo Filho lamentou a situação. "Eu, a partir de agora, não posso assinar mais nada. Farei tudo o que estiver a meu alcance, mas lembrando que não tenho o poder de decidir", afirmou em entrevista à rádio Itapoan FM. Marcelo Filho, no entanto, acredita numa virada na justiça. "Estou preocupado com o futuro do clube. Mas confiamos na justiça da Bahia e tenho certeza que isso vai se resolver. Tenho certeza que o juiz recebeu informações equivocadas. Se a decisão não for revertida, Rátis é quem vai tocar o clube daqui para frente, é de responsabilidade dele. Posso até ajudar, mas não posso decidir sobre o que não posso assinar", contou.
Apesar da vida profissional corrida, Rátis promete 24 horas de dedicação ao Bahia. "Eu começarei a trabalhar o quanto antes. Caso a decisão seja mantida, vou buscar a manutenção da instituição e convocar eleições o mais rápido possível". O interventor disse também que seu objetivo não é promover a extinção do poder executivo do clube. "Queremos apenas legitimar o estatuto", finalizou. Nesta quarta-feira (7), às 17h, Rátis e Marcelo Filho vão se reunir para tomar decisões no departamento de futebol do Bahia.