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Colecionador de camisas, Thiago Mastroianni tem até a de Zico

Thiago Mastroianni abriu o guarda-roupa para o iBahia e mostrou sua coleção com mais de 300 peças

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16/03/2016 às 16:38 • Atualizada em 30/08/2022 às 6:33 - há XX semanas
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Uma paixão que surgiu ainda quando criança e que hoje ocupa um guarda-roupa inteiro dentro de casa. O jornalista Thiago Mastroianni, 47 anos, narrador e apresentador na TV Bahia calcula em torno de 300 uniformes na sua coleção de camisas de futebol. Todas devidamente organizadas em ordem alfabética. E todas elas têm muitas histórias para contar.Tudo começou quando ele tinha nove anos de idade, como ele conta: “pedia muito para meu pai me levar nos hotéis para pegar autografo dos jogadores. Era louco por Zico e aí quando o Flamengo vinha, ia lá. Naquele tempo não tinha esse assédio todo e eu conseguia ficar pedindo as camisas”.
Paixão por camisas de futebol começou ainda quando criança. Foto: Eli Cruz / iBahia
Primeiro uniformeDizem que a primeira vez a gente nunca esquece, e é assim, na memória, que Thiago lembra do seu primeiro uniforme. “A primeira camisa que eu ganhei de jogador foi de Toninho Catarinense, num jogo Bahia e Palmeiras, no Brasileiro de 78. E ele fez um gol nesse jogo, e Douglas fez para o Bahia”, lembra Mastroianni. Ele lamenta ter, entre tantas mudanças de residência, perdido a camisa que era “toda verde, não tinha patrocínio... era bonitona”. A 10 de Zico Um dos uniformes mais desejados pelos amantes do futebol brasileiro, a camisa 10 de Zico no Flamengo representa uma história marcante na coleção de Thiago Mastroianni. “Foi de um tio meu já falecido que me deu. Ele já jogou futebol e era muito amigo de Givanildo Oliveira – hoje treinador - e ele conseguiu essa camisa para mim diretamente de Zico”, conta.O narrador relembra que, naquela época, era muito difícil jogadores presentearem com camisas, já que eles mesmos precisavam pagar pelos uniformes. Como repórter de campo, conseguiu muitas camisas de jogadores amigos ou de membros das comissões técnicas dos clubes. “Hoje em dia trabalhando em cabine [como narrador], é mais difícil. Os amigos dão, às vezes você vê uma camisa que quer e aí eu peço para alguém ou alguém me presenteia. Às vezes a gente troca também, tenho algumas repetidas”, disse.
Uniformes da década de 80 reforçam valor simbólico da coleção. Foto: Eli Cruz / iBahia
Uniforme internacional Entre as tantas camisas de times internacionais, algumas têm destaque na coleção de Mastroianni. Durante amistoso entre Vitória e PSV, clube holandês, em 2010, Thiago aproveitou a oportunidade para trocar uma camisa com os jogadores do clube dos países baixos. “Na época o goleiro Cássio – campeão da Libertadores pelo Corinthians – era reserva no PSV. E aí eu dei para ele uma camisa do Santos bonitona da Umbro, ele foi no vestiário e em 5 minutos voltou com a camisa do PSV”, lembra.
Apresentador recebe muitas vezes uniformes de jogadores amigos e membros da comissão técnica. Foto: Eli Cruz / iBahia
Batalhas dos Aflitos A numeração 16 da camisa tricolor do Grêmio representa uma partida histórica para o clube: a Batalha dos Aflitos. A partida representou o título da Série B em 2005 e foi disputada entre o clube gaúcho e o Náutico, em Pernambuco. A partida terminava em empate, mas após um pênalti defendido pelo goleiro do Grêmio com o tempo regulamentar já esgotado, o camisa 16 Anderson aproveitou o contra-ataque e marcou o gol do título tricolor. “Sei de cada jogo das camisas. Essa do Grêmio quem me deu foi o preparador de Goleiro Chiquinho. Eles estavam hospedados no mesmo hotel que eu, e aí ao final do jogo eu desci para o vestiário cumprimentá-lo e ele me deu essa camisa histórica”, lembra o apresentador. A coleção de Thiago Mastroianni reúne uniformes dos principais clubes do país e até mesmo de clubes pequenos, o que aumenta o valor simbólico da coleção. Ele conta que tem mais camisas do Bahia, Vitória, Flamengo e dos mineiros Atlético-MG e Cruzeiro. As camisas com numeração de jogadores reservas também são as mais procuradas para a coleção, já que essas são as que menos colecionadores possuem. Outra camisa que tem destaque é a do uniforme de arbitragem, recebida de presenta pelo ex-árbitro Rodrigo Cintra.

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