Nada de sorrisos na Toca do Leão. As feições eram sérias e o clima tenso no primeiro treino após a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil. “Se eu disser que o clima está bom, é mentira. O clima é meio chato. As coisas que vêm acontecendo, nossos amigos sendo emprestados, indo embora ou afastados, a gente fica meio chateado”, admitiu o lateral-esquerdo Mansur. Depois do empate em 1x1 com a Anapolina, na terça, os jogadores se reapresentaram ontem. Mas nem todos. Emprestado ao Avaí, o lateral-direito Nino Paraíba viajou para Santa Catarina sem nem passar no clube para se despedir. Os atacantes Neto Baiano e Willie também não estavam presentes. Afastados do elenco segunda-feira, foram liberados dos próximos treinos. Willie ainda não tem destino definido, mas é certo que não veste mais a camisa do Vitória este ano. “Ele será emprestado. É decisão única que Willie não vai ficar no clube para essa temporada”, garantiu o diretor de futebol Anderson Barros, sem revelar o motivo da decisão. “É um somatório de situações”. O jogador de 21 anos, com contrato até 2017, tem histórico de indisciplina desde as categorias de base. Este ano, jogou seis vezes.
A situação de Neto Baiano continua indefinida, mas clube e atleta podem chegar a um acordo hoje. “Nós já tivemos uma primeira conversa na segunda-feira, uma segunda na quarta, marcamos uma terceira rodada de conversa para essa sexta-feira (hoje) e acredito que vamos ter um encaminhamento melhor”, disse Anderson Barros. Por telefone, Neto Baiano esquivou-se. “Isso aí quem pode falar é Guga (o empresário do atleta). Às vezes eu falo umas coisas e posso magoar as pessoas. Deixa ele resolver”. Para quem não lembra, Neto Baiano causou polêmica no início da semana ao afirmar que “do Vitória eu não saio” em entrevista à rádio Itapoan. Isso logo após ser afastado do jogo contra a Anapolina porque tem proposta do Avaí - de acordo com a diretoria, que quer negociar o atacante. Guga falou pelo camisa 9. “Proposta oficial não chegou. Houve sondagem do Avaí e do Coritiba. Neto, em princípio, quer ficar, mas se chegar uma proposta boa ele pode sair”. Mansur O zagueiro Saimon e o atacante Wellington também não vão permanecer. O defensor, contratado em janeiro, já foi comunicado da decisão. Formado na base, Wellington será emprestado para ganhar experiência. Segundo Anderson Barros, os laterais Mansur e Euller só deixam a Toca se o clube receber proposta por eles. “Mansur é jogador do Vitória, está dentro de uma relação de atletas que pode vir a dar retorno para o clube. Há uma certa precipitação da avaliação por parte do torcedor e de todos. A gente tem que ter paciência com algumas situações”, pontuou o dirigente. “Euller é a mesma coisa. É um garoto de 20 anos. Será que é responsabilidade deles o que está acontecendo? De jeito nenhum”, avalia. Mansur admite se incomodar com a pressão que vem da arquibancada. “Acho que fui muito desrespeitado pela torcida, mas tenho que dar retorno dentro de campo. Meu foco é só no Vitória”, afirma.
Em protesto, torcida pediu eleições diretas no clube (Foto: Daniela Leone/Correio) |
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