Redação GoalApós empate em Assunção, o Nuevo Gasómetro recebeu o jogo mais aguardado da história do San Lorenzo. O time argentino é considerado um dos cinco grandes do futebol nacional mas era o único que nunca havia vencido uma Libertadores da América. Pela frente, o azarão da competição. O Nacional do Paraguai começou desiludido na competição, classificou para a segunda fase com a pior campanha, mas já na oitavas eliminou o favorito Vélez Sarsfield. O time seguiu surpreendendo e chegou à final.No jogo de ida, os times empataram em 1 a 1. Como a final da Libertadores não usa o gol qualificado como critério de desempate, San Lorenzo e Nacional entraram em campo sabendo que só com uma vitória saíram campeões. Mesmo com estes ingredientes, os times não apresentaram bom futebol e o San Lorenzo soube jogar a decisão para marcar o gol e não deixar o título escapar.O jogoCom um bom começo, o Nacional dificultou muito o jogo do San Lorenzo que mesmo apoiado por sua torcida não conseguiu dominar o jogo. Pelo contrário, no primeiro tempo, foi o time paraguaio que teve as melhores chances. Já aos 2 minutos, após uma confusão entre os zagueiros do San Lorenzo, a bola espirrou para Orue. O meia chutou para o gol e a bola acertou a rede pelo lado de fora.Sem criatividade, o Cuervo parava facilmente na marcação do Nacional. Os paraguaios tiveram o chute de média distância como principal arma. Torales tentou duas vezes, na primeira, recebeu de Melgarejo e chutou ao lado do gol. Depois, em lance parecido, voltou tentar no canto do gol de Torrico mas voltou a errar o alvo.Mesmo com as dificuldades, o San Lorenzo conseguiu marcar. Em uma bola levantada para área, a defesa do Nacional não soube afastar, e o San Lorenzo voltou a tentar e foi ajudado pela sorte. Coronel tentou bloquear a jogada e parou a bola com o braço. O árbitro marcou a infranção. Na cobrança, o volante Ortigoza cobrou deslocando o goleiro e fazendo 1 a 0.Na segunda etapa, o San Lorenzo voltou mais organizado e menos ansioso. O time de Bauza conseguia tocar a bola e passar o tempo enquanto o Nacional passava a ser a equipe com dificuldades para chegar ao campo de ataque.Esperando contra-ataques, o time da casa aproveitava as escapadas em velocidade de Villalba. Em uma delas, ele tocou para Verón que demorou muito e foi desarmado pela defesa do Nacional que se recompunha. Na seguinte, ele optou por driblar Mendoza e chutar porém a bola passou ao lado do gol paraguaio.O Nacional poderá ainda reclamar um pênalti não marcado. Em uma das poucas jogadas de ataque do time no segundo tempo, Fredy Bareiro tentou chegar ao gol do San Lorenzo mas foi derrubado por Mauro Cetto em lance confuso. O brasileiro Sandro Meira Ricci não deu a infração e causou revolta entre os jogadores tricolores.Sem nada a perder, Morinigo avançou seu time ao ataque. Ele colocou em campo inclusive Santa Cruz, o autor do gol de empate nos acréscimos no jogo de ida. A melhor chance aconteceu com Bareiro. Em bola mal afastada pela defesa do San Lorenzo, o atacante demorou para chutar e foi bloqueado na pequena área por Gentiletti.Pouco se importando com a bola em campo, a torcida do San Lorenzo começou a festa ainda há 10 minutos do fim e cantou como nunca. A emoção tomou conta quando Romagnoli deixou o campo substituído sob ovações. Os jogadores de Bauza seguraram a bola no ataque e Sandro Meira Ricci encerrou o jogo para o time de Boedo poder enfim comemorar o troféu que mais desejava.
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