icone de busca
iBahia Portal de notícias
ESPORTES

Conheça o brasileiro que lavava ônibus e virou ídolo de seleção

Ídolo do Ludogorets, brasileiro naturalizado búlgaro deseja jogar no São Paulo e já sonha com Copa de 2018

foto autor

11/04/2016 às 22:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:39 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
GOAL
Foto: Reprodução/ Instagram
Por Bruno AndradeManacapuru, pequeno município do Amazonas, também é a "capital da Bulgária" no Brasil. Isso porque o filho ilustre Marcelinho cruzou o Oceano Atlântico há cinco anos para fazer sucesso com a camisa do então desconhecido Ludogorets e agora se tornou o grande nome da seleção búlgara na busca pela sonhada vaga na Copa do Mundo da Rússia de 2018.A vitoriosa trajetória de Marcelo Nascimento da Costa, no entanto, teve início diante das mesmas dificuldades enfrentadas por tantos outros manacapuruenses. Até os 14 anos, o meia trabalhava como lavador de ônibus, funcionário de uma fábrica de vassouras e, nas "horas vagas", ajudava os avós na padaria da família.Descoberto pelo ex-atacante Mirandinha, o primeiro brasileiro a jogar no futebol da Inglaterra (defendeu o Newcastle, em 1987), Marcelinho iniciou a carreira no Rio Negro, uma das principais equipes de Manaus. De lá, ele foi atuar nas categorias de base do São Paulo, onde ficou por quase quatro anos."Cheguei no São Paulo com 16 anos, já como profissional. O tempo foi passando e a chance no time de cima que era comandado pelo Emerson Leão não aparecia. Eu era da mesma geração de Hernanes e Jean. Cheguei a disputar um amistoso com os profissionais em 2004, contra o LA Galaxy, ao lado do Lugano, mas parou por aí. Queria jogar, aparecer, então resolvi sair", lembrou Marcelinho, em entrevista ao Blog Ora Bolas."Não me arrependo de ter saído. Tomei a decisão correta, porém botei na cabeça que um dia voltaria para o São Paulo, o clube que cuidou de mim e ajudou na minha formação como jogador e homem. Me agrada a ideia de retornar. Eu, aliás, faria de tudo para voltar. Eles estão precisando de um meia, né? [risos]", completou.Depois do Tricolor, Marcelinho rodou por várias equipes de menor expressão, entre elas Cascavel-PR, Catanduvense-SP, São Caetano-SP e Mogi Mirim-SP, além de rápidas passagens por Toluca, do México, e pelo futebol do Kuwait. Mas foi no Bragantino-SP que ele brilhou e começou a reviravolta na carreira."Fiz uma boa Série B do Brasileirão em 2010 e iniciei muito bem o Paulistão de 2011. Marquei o gol da vitória por 2 a 1 em cima do Santos de Neymar e Ganso e, daí em diante, tudo mudou. Sugiram propostas da Grécia, do Irã e da Bulgária. Bulgária? Eu não conhecia ninguém que tivesse jogada lá. Pesquisei, me informei e logo descobri que o projeto do Ludogorets era audacioso. O presidente [Cyril Domuschiev] tinha muito dinheiro, queria formar o maior time do país. Abracei o projeto e, em menos de cinco anos, o clube conquistou tudo o que os dirigentes haviam me prometido", explicou.Hoje ídolo do Lugodorets, atual tetracampeão nacional, o meia de 31 anos sempre foi acompanhado de perto pela Federação Búlgara de Futebol. Naturalizado desde 2013 e convocado pela primeira vez à seleção em março, ele brilhou logo na estreia: anotou o gol do triunfo por 1 a 0 no amistoso contra Portugal, em Leiria, e ofuscou a estrela de Cristiano Ronaldo."Foi incrível, uma sensação maravilhosa. Todos apostavam em goleada de Portugal, mas o dia foi da Bulgária. Foi uma noite especial, um dia histórico. Fizemos história. Preciso jogar mais vezes contra o Cristiano Ronaldo, até porque também marquei um gol quando enfrentei ele pela Liga dos Campeões [Ludogorets 1x2 Real Madrid, na temporada 2014/15]", brincou.Agora, passado o clima de euforia do primeiro jogo pela seleção, a sensação do momento do futebol da Bulgária já está de olho na Copa do Mundo da Rússia de 2018. Um projeto que requer esforço redobrado."Desde que fui convocado comecei a fazer um trabalho físico e técnico especializado para ficar ainda mais preparado. Não quero relaxar, quero ajudar a seleção a voltar a jogar o Mundial [a última participação da Bulgária ocorreu na edição de 1998, na França]. Temos jogadores de qualidade, mas precisamos criar mais personalidade. Vamos crescer e fazer um grande trabalho nas Eliminatórias, com certeza", finalizou.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Esportes