Ir a um jogo de futebol na Bahia, seja na Arena Fonte Nova, no Barradão ou no interior, e ver um craque do passado em campo tem se tornado comum. A questão é que eles já não batem na bola como antigamente, mas vivem a partida de forma diferente. Atuando como delegados da Federação Bahiana de Futebol (FBF), eles tomam conta de parte da organização de um confronto e relembram os bons tempos de quando eram boleiros. A FBF tem disponibilizado cursos profissionalizantes para ex-atletas com a intenção de recolocá-los no mercado de trabalho e dá início, nesta quinta-feira (4), a segunda turma de craques que podem trabalhar para entidade em jogos de futebol oficiais. Segundo a FBF, serão 20 novos participantes no projeto. Os que se formaram no ano passado já voltaram ao certame baiano no campeonato estadual e mostram um ânimo diferente pelo fato de retornarem ao cenário da bola. "Nós fizemos o curso em 2012 e a partir desse curso nós começamos a trabalhar como delegados assistentes nos jogos. É uma alegria muito grande você voltar a participar dos eventos, estar junto dos seus companheiros e ver a alegria da torcida nos estádios. Nós estamos felizes por isso. É um reconhecimento ao trabalho que nós fizemos durante toda a nossa vida e você se sente feliz de ser reconhecido. E isso é um trabalho que vai ter sequência", acredita Sapatão, zagueiro que fez história com as camisas de Fluminense de Feira e Bahia.
Craque com história no Vitória, Hugo Aparecido é mais um formado pela FBF que trabalha como delegado. "Isso aqui é um museu vivo. O objetivo principal da associação é que os ex-atletas tenham um trabalho e a federação abraçou isso de uma maneira que nos trouxe para trabalhar aqui, para aprendermos uma coisa nova. Estamos engatinhando nesse mundo de saber como funciona a organização de um jogo de futebol como delegado. Estamos agradecidos e agora não somos só dez. Nós queremos trazer o ex-atleta de volta à ativa para ele poder participar e logicamente que isso nos traz a memória de jogos passados", disse o ex-jogador, relembrando que os cursos são uma parceria entre a federação e a Associação de Garantia ao Atleta Profissional (Agap). "A federação está com um trabalho de inclusão, de resgatar os ex-atletas profissionais. Alguns desses atletas ficam ali com uma baixa estima, sem condições de ir no estádio. A FBF tem há dois anos recrutado esses atletas, dando aprimoramento administrativo e técnico para que eles representem a FBF nos jogos", explica Ednaldo Rodrigues, presidente da FBF. Além de Sapatão e Hugo Aparecido, participaram atletas como Alberto Leguelé, Sivaldo, Dico Maradona, entre outros. Leia mais O que Bahia e Vitória fizeram durante a Copa das Confederações
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