Alexandre Faria é o principal responsável pelo futebol do Bahia. Precisará de tempo para tentar ser diferente dos seus antecessores. No sobrenome, ‘Faria’ carrega uma ideia de promessa não cumprida. No discurso, entretanto, prega respeito ao tricolor e fala do desafio em gerir um clube que pretende voltar a ser referência no Nordeste.
O que o fez escolher o Bahia em meio a outras propostas? Em primeiro lugar, como milhões de brasileiros, sou apaixonado pelo Nordeste e a oportunidade de trabalhar no maior clube da região é uma honra. Vi que o presidente quer algo diferente. Marcelo tem uma cabeça aberta, conhecimento técnico e acadêmico muito vasto. Percebi que ele quer fazer um Bahia diferente. Se esse projeto der certo, vai ser uma satisfação muito grande para todos nós.
Qual a sua metodologia de trabalho e o que pensa para o Bahia em 2015?Eu estou no futebol há muito tempo e, obviamente, sempre mapeio o mercado, observando a característica de cada clube. O Bahia é gigante e precisa voltar a ter a credibilidade que sempre teve. Vamos aproveitar o bom trabalho que tem sido feito na base com vários atletas. Conversei com o Sérgio (Soares) e pretendemos trabalhar com um elenco enxuto, de 26 ou 27 jogadores, em média, para que a base tenha de fato oportunidades. Nossa metodologia é essa.
Alexandre quer grupo enxuto para dar oportunidade aos atletas da base |
Qual a análise que você faz do atual elenco e quais as principais carências do time? Se falarmos em dois jogadores por posição teríamos 22 atletas e precisaríamos ter mais cinco para compor esse número de 27 que eu citei como ideal. Estamos conversando com dois zagueiros que esperamos anunciar no dia da reapresentação. Pensamos em trazer também mais dois atacantes e dois meias. As outras posições dependem de saídas ou não de atletas. Nas laterais, por exemplo, temos Raul e Pará na esquerda e Madson e Railan pra direita. Raul, inclusive, foi muito bem comigo no América Mineiro este ano. Madson tem muitas propostas. Sei que a torcida tem alguma restrição, mas ele foi muito bem no ABC, principalmente nos jogos contra o Cruzeiro. Pará também tem algumas sondagens.
O Bahia admitiu interesse na volta de Jael. O que está faltando para concluir a negociação? Jael foi meu jogador em 2008 quando o contratei para o Atlético Mineiro. Nos últimos dias já conversamos umas três ou quatro vezes e ele manifestou claramente que o clube que quer jogar é o Bahia. Entre o Bahia e o Jael está bem encaminhado. Depende do São Caetano e de um grupo de empresários para concluirmos isso. Se o Jael vier vai ter contrato de, no mínimo, dois anos e com parte dos direitos econômicos adquirido por nós.
O que o torcedor do Bahia pode esperar para o ano de 2015? Eu acho que, neste momento, podemos prometer muito respeito as cores e a tradição do Esporte Clube Bahia, além de muito trabalho e dedicação para dar orgulho aos torcedores. Conheço bem o clube e a torcida carrega mesmo, principalmente se mostrarmos que querermos um Bahia cada vez mais forte. Eu conto muito com a torcida do Bahia, que é maravilhosa. Pedimos um voto de confiança para que o time possa fazer a torcida vibrar. O Bahia tem uma característica bem definida, diferente do Vitória.
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