Dunga divulga primeira lista nesta terça; veja possibilidades

Ver a reestreia de Dunga no comando técnico do Brasil vai custar entre R$ 127 e R$ 895. E a lista do convocados para o amistoso contra a Colômbia, dia 5 de setembro, no estádio Sun Life, em Miami, será divulgada amanhã, às 11h30, na sede da CBF, no Rio. Dia 9, a turnê pelos Estados Unidos acaba contra o Equador, no Metlife, em Nova Jérsei.

Será a primeira convocação desde a Copa, quando a Seleção saiu com a imagem despedaçada após sofrer 7x1 da Alemanha, na semifinal, fora os 3x0 da Holanda na disputa pelo 3º lugar. Em outubro, os rivais serão a Argentina e o Japão e, em novembro, a Turquia. Todos no exterior. Na Espanha, onde acompanhou os jogos da seleção sub-20 no Torneio de Cotif, Dunga deu entrevista à TV da CBF e falou um pouco sobre esta segunda passagem dele à frente da amarelinha.

“A Seleção Brasileira é uma referência do futebol mundial. No futebol moderno nós temos que introduzir a qualidade técnica que é do brasileiro, a alegria, a fantasia, mas ser uma seleção também ganhadora”, disse o capitão do tetra em 1994. “É muita responsabilidade, muita pressão, mas um grande orgulho e satisfação. Fazer o melhor para a Seleção Brasileira, ver as pessoas sorriem, é a melhor resposta”.

Passado - Dunga privilegiou os atletas do exterior na sua primeira passagem, entre 2006 e 2010, quando convocou 85 jogadores ao todo. Na primeira lista de 22 nomes, chamou cinco que atuavam no Brasil e trouxe atletas de ligas sem grande mídia, como o goleiro Gomes e o zagueiro Alex, ambos então no holandês PSV; o volante Dudu Cearense, o meia Daniel Carvalho e o atacante Vágner Love, trio ex-CSKA, da Rússia; e o meia Elano, ex-Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

O técnico atendeu a desejo da CBF e também barrou os medalhões da época Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo. Investiu em um grupo disciplinado e eficiente, embora nem sempre talentoso. Nesta missão, alguns erros ficaram marcados, como chamar o atacante Afonso Alves, que havia sido artilheiro do holandês. Em 60 partidas, o Brasil ganhou 42, empatou 12 e perdeu seis. Conquistou o título da Copa América 2007 e das Confederações 2009.

Apesar do fiasco na Copa, há jogadores com prestígio para continuar na Seleção. São os casos de Neymar e Oscar, ambos com 22 anos, e prováveis referências na construção do novo time. Na defesa, é pouco provável que David Luiz seja esquecido. E Thiago Silva seria lembrado se não estivesse lesionado. Dunga gosta de volantes com marcação forte, característica de Luiz Gustavo, outro titular com Felipão. Outro com boa chance é Ramires, que esteve nos Mundiais da África do Sul e do Brasil.

Quem defende a renovação cita, preferencialmente, jogadores novos, porém com bagagem no futebol europeu, caso de Philippe Coutinho, do Liverpool, e de Lucas, do PSG, ambos com 22. Com a mesma idade, Roberto Firmino marcou 16 gols na última Bundesliga pelo Hoffenheim. Aos 23, Juan é titular da Inter de Milão. Elogiado por Taffarel, o goleiro Rafael, ex-Santos e no Napoli, terá chance aos 24 anos. Outras opções são destaque no país, mas nunca chamados, como Ricardo Goulart, 23, e Éverton Ribeiro, 25 anos.

Inclui quem ficou no quase para a Copa ou já passou pela Seleção, mas não se firmou. Entre os experientes estão o zagueiro Miranda e o lateral-esquerdo Filipe Luís, ambos de 29 anos, mas também atletas com idade intermediária, a exemplo do meia Ganso e do atacante Pato, ambos com 24 anos; ou o zagueiro Dedé, de 26 anos. As laterais poderiam ser renovadas com a dupla de 23 anos do Porto e ex-Santos: Danilo e Alex Sandro. Para a função de volante, Lucas, 27, e Sandro, 25 anos.

É quem não fez grande coisa na Copa, mas pode ter sobrevida pela falta de concorrência e por terem idade para chegarem bem em 2018. Neste grupo, aparecem o lateral-esquerdo Marcelo, o volante Paulinho e o meia Willian, todos com 26 anos, e os atacantes Hulk, 28, e Bernard, 21. Outros jogadores podem ser usados durante período de transição, afinal tem Copa América em 2015. Entrariam nesta cota o atacante Jô e o zagueiro Henrique, ambos com 27 anos, e o volante Fernandinho, 29.

Kaká, de 32 anos, e Robinho, 30, foram os dois pilares da primeira passagem de Dunga. Foi o estilo de jogo rápido da dupla que fez o técnico optar pelo contra-ataque. O retorno da dupla mostraria mais rápido como gosta de trabalhar e tiraria o foco dos mais jovens. O Brasil chega aos amistosos com obrigação de recuperar a imagem, arrasada pelos 7x1 da Alemanha e 3x0 da Holanda. Por razão parecida, poderia dar sobrevida a Maicon, de 33. Há lugar para Felipe Melo, de 31, crucificado em 2010 como o próprio Dunga foi em 1990? Matéria original: Jornal Correio* Dunga divulga primeira lista nesta terça; veja possibilidades