O comportamento de Neymar dentro e fora das quatro linhas tem sido assunto frequente de muitos debates nos últimos meses. Por conta das expulsões, suspensões e polêmicas muita gente se pergunta se o jogador deve continuar com a braçadeira de capitão da Seleção Brasileira. Durante participação no programa Bem, Amigos!, do SporTV, na noite da última segunda-feira (16), o técnico Dunga afirmou que mudanças serão feitas, mas disse que há um certo exagero nas críticas ao atacante."Os episódios que têm acontecido na Seleção acontecem no Barcelona também. Não é pelo fato da faixa. Achei (inicialmente) que a questão da faixa daria uma maior segurança para ele, se sentiria perante os demais um personagem que é importante pela qualidade técnica dele... Têm algumas coisas que a gente vai modificar conversando com o Neymar. Mas a forma como ele joga, a forma como dribla, que a gente tanto quer no futebol, acaba levando para esse caminho que tem mais choque", afirmou.
"No Barcelona ele não usa a faixa de capitão e acontece o mesmo fator. Então não é a questão da faixa, é que tudo que envolve o Neymar toma amplitude muito maior que as coisas normais. Isso não quer dizer que em alguns momentos ele não tenha se excedido ou errado, e a gente tem conversado para chegar num denominador comum que seja bom para ele, para a Seleção e para o Barcelona, mas principalmente pensando na Seleção e no Neymar", acrescentou.Dunga ainda foi questionado sobre as ausências do goleiro Jefferson e do lateral-esquerdo Marcelo nas últimas convocações. Antes de iniciar sua resposta, porém, o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, pediu a palavra para explicar a situação."Essa coisa do Marcelo, vou explicar o motivo de a "culpa" ser dele (Dunga), mas fui eu quem fez toda a interlocução. Vamos deixar as coisas claras. O que aconteceu é que teve uma informação e nós esperávamos a comunicação (do Real Madrid) que não houve. Vou fazer uma inconfidência aqui: tem um WhatsApp de um diretor do Real Madrid. Não posso mostrar. E ele (Dunga) ouviu o que o coordenador passou, o que o médico (Rodrigo Lasmar) me passou", explicou."O Dunga foi quem chamou o Marcelo pela primeira vez para a Seleção, e aqui no seu programa vi outro treinador da Seleção fazer uma crítica parecida, o Mano Menezes. Estamos lá fazendo um trabalho sério, não atrapalhe o nosso trabalho. Nós usamos os critérios mais justos possíveis, ouvimos todo mundo, demos oportunidades a todo mundo... A culpa é sempre dele (Dunga), mas nesse caso é minha, porque eu que fiz a interlocução. (O problema da ausência do Marcelo foi) comprometimento", completou antes de falar sobre o goleiro Jefferson."Vi ele falando e acho que tem todo o direito de se manifestar. Só que ele falou assim: "pelo meu histórico na seleção"... O único cara que colocou ele para jogar foi o Dunga, gente! Ele só jogou com o Dunga. Agora, ele tirou o cara e parece que caiu o mundo... Tem um treinador de goleiros que avalia o trabalho do dia a dia. Se ele é o treinador da Seleção e não puder fazer mudanças, desculpa, ele não pode ser treinador da Seleção e vou ter que interferir. Ele está lá para fazer a mudança que a consciência dele achar necessária, é simples. Do Jefferson, apenas a frase dele não entendi", finalizou Gilmar Rinaldi.
Foto: Rafael Ribeiro/ CBF |
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Redação iBahia
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