A manifestação assustou todo mundo que pretendia ir ou foi à Arena Fonte Nova para ver Uruguai x Nigéria. Acompanhei, da redação do iBahia, o choque entre ativistas e PM, principalmente na região de Nazaré e Vale dos Barris. Por isso, resolvi chegar ao estádio pelo Dique do Tororó. Desci logo no começo da Vasco da Gama e caminhei por todo dique. Por ali, a tranquilidade reinou. Segurança, as pessoas tranquilas, região iluminada e até meninos batendo o baba na rua.
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Encontrei, na porta do estádio via Dique do Tororó, cerca de 40 manifestantes protestando. Observados de longe pela PM, eles mostravam cartazes, vaiavam os carros fumê que entravam e gritavam palavras de ordem. Mas nada que atrapalhasse o fluxo de pessoas ou impusesse qualquer outra barreira.Para entrar na Arena Fonte Nova, tudo como eu imaginava. Segurança reforçada, voluntários e agentes encaminhando as pessoas, mas não sem antes passarem pelo raio-x. Tive que tirar do bolso celular, câmera, chave do carro e até os meus óculos. Lá dentro, abandonei as informações do meu ingresso e fui sentar ao lado de um primo e um tio que também fora. O meu lugar de fato era do lado oposto, mas o estádio metade vazio permitia que os torcedores escolhessem os seus lugares sem confusão - o público pagante foi pouco mais de 26 mil pessoas; a Arena Fonte Nova tem capacidade para 55 mil.
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Encontrei uruguaios e nigerianos. A torcida baiana torcia claramente para os africanos, mas também para os uruguaios em alguns momentos. Na verdade, por se tratar de um momento inédito para a maioria deles, tudo virou festa. Como vaiar e aplaudir um mesmo jogador, num mesmo lance. Percebi que a atuação dos stewards, seguranças internos do estádio, foi tranquila. O público esteve tranquilo, moderado. Em relação aos serviços, tudo que eu vi funcionou: bares, banheiros e orientação. A Budweiser, cerveja que patrocina a Fifa, saía por R$ 12. A Brahma, por R$9. Refrigerante custou R$ 6.
O problema - O nó apertou na hora de ir embora. A saída do estádio foi tranquila, mas nem com um milhão de dólares no bolso você conseguiria chegar em casa mais rápido. Os pontos de ônibus eram um pouco distante da saída do estádio. Um era no viaduto da Bonocô e estava absolutamente lotado. Ouvi da voluntária que bastava apresentar o ingresso que eu poderia entrar de graça no ônibus. Mas decidi ir em busca de um táxi. Esses pontos também eram distantes: um no vale do Nazaré e outro quase na entrada da Ogunjá, indo pela Bonocô.
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Com meu primo e meu tio, resolvi ir atrás de um táxi. Nem arrisquei saber informações da situação em Nazaré, subindo a Ladeira da Fonte. Os comentários diziam que a situação lá entre manifestantes e PM ainda não estava resolvida e o quebra-quebra continuava. Acabei subindo o Vale do Nazaré. Para encurtar conversa, achei um táxi na entrada do Hospital Santa Izabel, naquela ladeira perto do Barbalho. A romaria desesperada para ir embora enchia um ônibus. Era fácil perceber a cara de irritação das pessoas, que queriam ir embora para as suas casas, mas não tinham como. Tentei pedir um táxi por telefone, mas o rapaz do outro lado da linha me disse que não havia previsão para um carro naquela área. Simplesmente não havia táxi. Da saída do estádio até pegar um, levei mais de quarenta minutos.
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