No fim da vida, Alex Alves preferiu a discrição. Na luta de cinco anos contra a doença na medula que causou a sua morte, o ex-jogador mantinha contato apenas com os familiares e os amigos mais próximos. Ontem, na despedida do craque rubro-negro, cerca de 100 pessoas foram ao cemitério Jardim da Saudade, em Brotas. Entre torcedores, familiares e amigos, um time de ex-jogadores. Prova de como Alex era querido no futebol.O inseparável amigo Paulo Isidoro, companheiro desde os juvenis do Vitória, faz questão de lembrar do amigo com carinho. “Era muito profissional. Foi um atleta mesmo ao pé da letra. Foi um irmão que eu tive”, comentou. Bem próximo, Paulo Isidoro mantinha contato por telefone. “Falei com ele cinco dias atrás. A voz dele estava fraquinha. Mas ele sempre estava otimista. Tava evoluindo bem. Começou a virar do nada. Ninguém esperava”, lamentou.
Irmã do ídolo, Cleide Nascimento também se emocionou ao definir o que Alex Alves representou para o futebol. “Uma luz que veio pra brilhar. Ele pode ter partido, mas o nome dele fica aí”, elogiou.Bandeira - Amigos desde os tempos de Vitória, Flávio Tanajura, Rodrigo, João Marcelo e Ronaldo Passos marcaram presença no último adeus ao capoeirista Alex. Outros ex-jogadores como Osni, Bobô e Sapatão prestaram homenagens. O ex-presidente Paulo Carneiro também estava lá.Durante a oração, que precedeu a cerimônia de cremação, o hino do Vitória foi entoado pelos presentes. A bandeira rubro-negra cobria o caixão de Alex, junto com uma flâmula do Hertha Berlim, da Alemanha, onde ele jogou.O Vitória confirmou que a equipe entrará no jogo contra o Joinville, sábado, em Santa Catarina, carregando uma faixa com os dizeres ‘um nome na história’. Além disso, os jogadores rubro-negros atuarão com uma tarja preta no braço.Alex Alves nunca chegou a se aposentar oficialmente. Seu último clube, o União Rondonópolis, do Mato Grosso, fez questão de mandar um representante da diretoria ao velório. “A passagem dele lá foi muito boa. Era uma pessoa alegre, querida por todos do clube”, contou Ricardo Grey Lemos. A vontade de Alex era fazer uma partida de despedida dos gramados. “Ele queria jogar 15 minutos pelo Vitória e 15 pelo Cruzeiro”, revelou Flávio Tanajura. Não deu, mas Alex Alves entrou para a história do mesmo jeito.Notícia publicada no Correio* Adeus ao Leão: velório de Alex Alves é marcado por emoção e homenagens
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