Confira a entrevista na íntegra:
O Bahia vive um momento de muita pressão e alguns dirigentes se mostram assustados com isso. Como você encara esse momento do Bahia?Existem grandes pensadores que dizem que são graças às pressões que as crises se resolvem. Vejo a pressão com muita naturalidade e não vejo nenhum tipo de problema em ser pressionado ou conviver com pressões. O que acho inadmissível é que pressão venha junto com violência, como foi o caso em que Maxi Biancucchi foi vítima, além do próprio patrimônio do clube.
Até que ponto a pressão muda a forma de agir na direção de um clube?As pressões são próprias do regime democrático. Sempre estivemos abertos a ouvir, conversar, prestar contas, ser fiscalizados e não vamos mudar de posição por conta de pressões. Muito pelo contrário. As ideias devem gerar convergência mesmo, para que o novo Bahia se consolide cada vez mais.
O que mais te preocupa no Bahia hoje?No momento, a minha grande preocupação é que com nosso mandato chegando ao fim, é não permitir ou tentar impedir que os sucessores atrapalhem ou impeçam questões que precisam ser resolvidas, dentro e fora do futebol. Existem questões patrimoniais, societárias, de negociação de contrato com patrocinador, que não podem ser afetadas ou feitas de forma tumultuada. Não existe razão para que seja assim. Quando fui eleito presidente, representei um arco de forças da oposição do Bahia. Tento representar as ideias boas de todos os candidatos e me comportarei até o final.
A diretoria do Bahia tem sido chamada de amadora por torcedores e parte da imprensa. O que você acha disso?Amadora? Muito pelo contrário. Temos três pilares que sustentaram nossa campanha de candidatura: democracia, transparência e justamente a profissionalização. Se existe algum tipo de amadorismo dentro do Bahia, é em função do próprio período curto do mandato de transição. E isso tudo tem prazo para acabar.
Faria algo diferente?Não sei se faria alguma coisa diferente. Não tenho dúvida que erros foram cometidos, não só por mim, mas por várias pessoas dentro do Bahia. Muitas vezes, quando erramos, é porque estávamos querendo acertar as coisas com muita urgência. Não existe erro pior que a omissão. Você toma a decisão que pode ser certa ou errada, mas se foge dela, já errou. Esse tipo de erro acho que não podemos cometer e procuramos não cometer.
Alguns dirigentes do Bahia pensam em se candidatar nas próximas eleições? O que acha disso?O estatuto me proíbe de ser candidato e nunca tive essa pretensão. Acho perfeitamente legítimo e natural que aconteça de diretores ou gestores atuais terem o desejo de se candidatar nas próximas eleições. O que não pode acontecer é que esse desejo coloque em risco o resto dessa gestão, que precisa resolver problemas que vão beneficiar a futura diretoria.
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