icone de busca
iBahia Portal de notícias
ESPORTES

Estudo da Ufba reabre debate sobre viabilidade de pista na Bahia

Segundo Selma Moaris, R$ 40 milhões seriam suficientes para construir um autódromo capaz de receber qualquer categoria do automobilismo nacional

foto autor

23/08/2012 às 12:14 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:41 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
Em 2011, GP Bahia no CAB atraiu mais de 50 mil pessoas
No momento em que todos os grandes investimentos públicos convergem para parcerias com a iniciativa privada, desembolsar quantias milionárias numa estrutura gigantesca para atender a demandas pontuais é um contrassenso. Some-se a isso a dificuldade encontrada por autódromos de grandes centros, como o do Rio de Janeiro, recentemente desativado, para se manterem viáveis e está fechado o pacote de argumentos para vetar a construção de um autódromo na Bahia. O desafio da Federação de Automobilismo da Bahia (FAB) é derrubar todos esses argumentos. Para isso, vem mantendo contato com o governo do estado e promotores de eventos para apresentar, na próxima segunda-feira, projeto e investidores para tornar o equipamento realidade. Segundo a presidente Selma Morais, R$ 40 milhões seriam suficientes para construir um autódromo capaz de receber qualquer categoria do automobilismo nacional. Emprésários atraídos pela dirigente estariam dispostos a propor uma parceria nos moldes de uma PPP, mas o governo teria que desapropriar uma área de quase um milhão de metros quadrados. Os investidores e a localização das áreas já aprovadas pela Confederação Brasileira de Automobilismo são guardados a sete chaves por Selma, que só revela se tratarem de terrenos particulares nas cidades de Camaçari e Simões Filho. Estudo - Para provar o interesse público que justificaria a desapropriação e a possível contrapartida do estado, a Federação Baiana buscou respaldo na Universidade Federal da Bahia. Na segunda, quando estiver com o Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, e o superintendente da Sudesb, Bobô, será apresentado um estudo feito na Ufba. O professor de engenharia mecânica Roberto Sacramento, coordenador do convênio da universidade com a FAB, ancora a viabilidade do futuro autódromo na sua utilização como campo de provas de montadoras como a Ford, instalada em Camaçari, e a JAC Motors, em vias de implantação. "Hoje os testes são realizados em São Paulo", diz Sacramento. Além disso, a Ufba teria interesse em criar um centro de estudos automotivos, que poderia evoluir para uma escola profissionalizante de mecânicos e pilotos. POTENCIAL EXISTE
1 CATEGORIAS2 TESTES3 DUAS RODAS4 FORMAÇÃO
Além da Stock e de campeonatos locais, outras provas com campeonatos regulares poderiam vir para a Bahia, a exemplo da Fórmula 3 Sul-Americana, Formula Truck (caminhões), Fórmula Fiat, Audi TT, entre outros.Nem só de competições vive um autódromo. Segundo a Federação de Automobilismo da Bahia, montadoras como a Ford, em Camaçari, e a Jac Motors, que também vai se instalar no município, necessitam de pista para fazer testes e avaliar seus carros.Competições de motovelocidade também poderiam garantir a ocupação do autódromo. A pretensão é trazer uma etapa do Mundial da categoria, mas provas como a Copa Burgman, hoje realizada no kartódromo de Lauro de Freitas, poderiam migrar para o novo equipamento.Com um calendário consolidado, as oportunidades de trabalho poderiam aumentar. O estudo da Ufba prevê um centro de estudos que poderia se tornar escola profissionalizante. O centro médico, obrigatório em qualquer autódromo do país, poderia atender à comunidade local.
Há mais de 10 anos o Campeonato Baiano de Velocidade na Terra atrai grande público no Barródromo, em Camaçari. Coma construção de um autódromo a categoria poderia migrar para a nova pista.
INVESTIMENTO SUPERLATIVO 800 mil metros quadrados é a área mínima exigida pela Confederação Brasileira de Automobilismo. 40 milhões de reais é o custo estimado para construir o equipamento, incluindo pista de testes para montadoras.
Diversificação viabiliza o projeto A entrada do secretário Nilton Vasconcelos nas conversas sobre o autódromo é tida como um avanço. Antes, a negociação vinha sendo conduzida pelo secretário de turismo, Domingos Leonelli, contrário à construção do equipamento, que não considera prioritário. "Não adianta ter autódromo sem corrida. Eu tenho corrida sem autódromo", diz Leonelli, que festeja o imenso retorno obtido com a Stock Car, com 50 mil espectadores em 2011 e uma movimentação financeira de R$ 20 milhões, além da ocupação hoteleira na baixa estação. Selma Morais garante que, com autódromo, é possível multiplicar o sucesso da Stock "por 15 ou 20 vezes" com a atração de outras categorias, como Fórmula Truck, Brasileiro de Marcas, Fórmula Fiat, entre outras. A Vicar, empresa que organiza a Stock Car, garante total interesse e apoio à construção do autódromo. Além disso, Roberto Sacramento, da Ufba, defende que o autódromo abrigue shows. "Salvador é uma cidade muito pobre para abrigar eventos de certo porte", avalia. "O Governo deve enxergar o autódromo como mais uma fábrica que quer se instalar na Bahia, só que uma fábrica de entretenimento", diz Selma. Estudo da Ufba reabre debate sobre viabilidade de pista na Bahia

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Esportes