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Em 2011, GP Bahia no CAB atraiu mais de 50 mil pessoas |
No momento em que todos os grandes investimentos públicos convergem para parcerias com a iniciativa privada, desembolsar quantias milionárias numa estrutura gigantesca para atender a demandas pontuais é um contrassenso. Some-se a isso a dificuldade encontrada por autódromos de grandes centros, como o do Rio de Janeiro, recentemente desativado, para se manterem viáveis e está fechado o pacote de argumentos para vetar a construção de um autódromo na Bahia. O desafio da Federação de Automobilismo da Bahia (FAB) é derrubar todos esses argumentos. Para isso, vem mantendo contato com o governo do estado e promotores de eventos para apresentar, na próxima segunda-feira, projeto e investidores para tornar o equipamento realidade. Segundo a presidente Selma Morais, R$ 40 milhões seriam suficientes para construir um autódromo capaz de receber qualquer categoria do automobilismo nacional. Emprésários atraídos pela dirigente estariam dispostos a propor uma parceria nos moldes de uma PPP, mas o governo teria que desapropriar uma área de quase um milhão de metros quadrados. Os investidores e a localização das áreas já aprovadas pela Confederação Brasileira de Automobilismo são guardados a sete chaves por Selma, que só revela se tratarem de terrenos particulares nas cidades de Camaçari e Simões Filho. Estudo - Para provar o interesse público que justificaria a desapropriação e a possível contrapartida do estado, a Federação Baiana buscou respaldo na Universidade Federal da Bahia. Na segunda, quando estiver com o Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, e o superintendente da Sudesb, Bobô, será apresentado um estudo feito na Ufba. O professor de engenharia mecânica Roberto Sacramento, coordenador do convênio da universidade com a FAB, ancora a viabilidade do futuro autódromo na sua utilização como campo de provas de montadoras como a Ford, instalada em Camaçari, e a JAC Motors, em vias de implantação. "Hoje os testes são realizados em São Paulo", diz Sacramento. Além disso, a Ufba teria interesse em criar um centro de estudos automotivos, que poderia evoluir para uma escola profissionalizante de mecânicos e pilotos.
POTENCIAL EXISTE1 CATEGORIAS | 2 TESTES | 3 DUAS RODAS | 4 FORMAÇÃO |
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Além da Stock e de campeonatos locais, outras provas com campeonatos regulares poderiam vir para a Bahia, a exemplo da Fórmula 3 Sul-Americana, Formula Truck (caminhões), Fórmula Fiat, Audi TT, entre outros. | Nem só de competições vive um autódromo. Segundo a Federação de Automobilismo da Bahia, montadoras como a Ford, em Camaçari, e a Jac Motors, que também vai se instalar no município, necessitam de pista para fazer testes e avaliar seus carros. | Competições de motovelocidade também poderiam garantir a ocupação do autódromo. A pretensão é trazer uma etapa do Mundial da categoria, mas provas como a Copa Burgman, hoje realizada no kartódromo de Lauro de Freitas, poderiam migrar para o novo equipamento. | Com um calendário consolidado, as oportunidades de trabalho poderiam aumentar. O estudo da Ufba prevê um centro de estudos que poderia se tornar escola profissionalizante. O centro médico, obrigatório em qualquer autódromo do país, poderia atender à comunidade local. |
Há mais de 10 anos o Campeonato Baiano de Velocidade na Terra atrai grande público no Barródromo, em Camaçari. Coma construção de um autódromo a categoria poderia migrar para a nova pista. | |
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INVESTIMENTO SUPERLATIVO 800 mil metros quadrados é a área mínima exigida pela Confederação Brasileira de Automobilismo. 40 milhões de reais é o custo estimado para construir o equipamento, incluindo pista de testes para montadoras. |
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Diversificação viabiliza o projeto A entrada do secretário Nilton Vasconcelos nas conversas sobre o autódromo é tida como um avanço. Antes, a negociação vinha sendo conduzida pelo secretário de turismo, Domingos Leonelli, contrário à construção do equipamento, que não considera prioritário. "Não adianta ter autódromo sem corrida. Eu tenho corrida sem autódromo", diz Leonelli, que festeja o imenso retorno obtido com a Stock Car, com 50 mil espectadores em 2011 e uma movimentação financeira de R$ 20 milhões, além da ocupação hoteleira na baixa estação. Selma Morais garante que, com autódromo, é possível multiplicar o sucesso da Stock "por 15 ou 20 vezes" com a atração de outras categorias, como Fórmula Truck, Brasileiro de Marcas, Fórmula Fiat, entre outras. A Vicar, empresa que organiza a Stock Car, garante total interesse e apoio à construção do autódromo. Além disso, Roberto Sacramento, da Ufba, defende que o autódromo abrigue shows. "Salvador é uma cidade muito pobre para abrigar eventos de certo porte", avalia. "O Governo deve enxergar o autódromo como mais uma fábrica que quer se instalar na Bahia, só que uma fábrica de entretenimento", diz Selma.
Estudo da Ufba reabre debate sobre viabilidade de pista na Bahia