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Fiasco: os motivos que tornam Maxi a pior contratação do ano

Após chegada comemorada, jogador mais caro do elenco tricolor fez temporada ruim e foi acusado de deixar o time na mão

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10/12/2014 às 16:36 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:01 - há XX semanas
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Argentino não agradou
Foram 42 jogos, 17 gols, um título baiano com duas goleadas sobre o rival e um término de Campeonato Brasileiro na quinta colocação. Pelo Vitória, o currículo de Maxi Biancucchi o credenciava como o novo astro do futebol baiano. As boas, senão ótimas, atuações ao lado de Escudero e companhia fizeram o ano de 2013 do argentino ser uma exceção aos vividos em sua carreira, até então pouco badalada. Maxi foi revelado pelo San Lorenzo, da Argentina, em 2001. De lá para cá, passou por Libertad, General Caballero, Tacuary, Fernando de La Mora e Sportivo Luqueño, todos do Paraguai. Depois, chegou ao Flamengo e pouco jogou. Da Gávea, foi para o Cruz Azul, do México, até voltar ao Paraguai para jogar no Olimpia. Durante as temporadas, o jogador não tornou-se ídolo, conseguiu títulos sem ser destaque, mas de um ano para o outro virou craque aos olhos do torcedor, tudo graças ao bom 2013 vestindo vermelho e preto. Depois de muito brigar para ter seu contrato melhorado, Maxi e seu empresário não conseguiram a valorização que queriam. A diretoria do Vitória parecia estar ciente de que o argentino não valia o que pedia para ganhar, embora reconhecesse o talento demonstrado em campo. Ele então deixou o clube e, para desespero momentâneo da nação rubro-negra, o argentino pulou o muro para assinar com o Bahia em 2014. Peso de papelNo Tricolor, contrato de três anos com salário superior à R$ 150 mil — o maior do elenco —, anúncio de chegada em espanhol, festa no aeroporto e, de quebra, trouxe o irmão, Emanuel, como contrapeso. Maxi chegou ao Bahia com pinta de Cristiano Ronaldo, mas foi só a pinta. Visivelmente fora de forma, ele nunca chegou a agradar os torcedores, amargou o banco de reservas e fez muito pouco para justificar o investimento e a confiança dada pela diretoria em si. Justiça seja feita, vez ou outra o argentino entrava em campo para desempenhar um bom futebol, mas no geral acabou sendo um verdadeiro fiasco. Ele participou de 39 partidas e marcou quatro gols, muito pouco para um atacante. Os tentos foram marcados duas vezes contra o Botafogo, uma contra o Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro, e outra diante do Vila Nova-MG, pela Copa do Brasil.
Ao lado do irmão Emanuel, Maxi chegou ao Bahia com pinta de craque
A cada minuto em campo, a torcida criava expectativa pela redenção do jogador. Os tricolores queriam o Maxi do ano passado, mas a única coisa que conseguiram foram participações razoáveis do argentino no título baiano. Esteve menos tempo em campo ainda nas eliminações vexatórias pelas Copas do Nordeste e Sul-Americana. Além disso, Maxi passou longe de ser destaque na campanha do rebaixamento, no qual o argentino nem se deu ao trabalho de estar com os companheiros. No momento mais importante da temporada, ele se omitiu junto com o irmão. Após alegar dores musculares antes das últimas partidas, a dupla hermana embarcou para a Argentina, enquanto o Tricolor voltava para a Série B após quatro anos. BroncaO jogo contra o Coritiba, aliás, não marcou só a aposentadoria do meia Alex e a queda do Esquadrão, como também foi palco para o desabafo do técnico Charles Fabian. Depois do encontro, o treinador foi aos microfones para revelar que jogadores se encostaram no departamento médico e não voltaram mais. Durante a entrevista, Charles disparou contra os atletas, afirmando que alguns eram "covardes" e que o clube "não merece" jogadores com essa personalidade.
Maxi comemora gol pelo Bahia; cena foi vista apenas quatro vezes em 2014
Os nomes dos irmãos Biancucchi não foram citados pelo treinador, mas nem precisavam. Em entrevista após o rebaixamento, o presidente do Bahia, Fernando Schmidt, revelou que os jogadores referidos por Charles não estavam mais no Brasil, fazendo uma clara referência aos argentinos, únicos que não estavam no país naquele momento. "Uma coisa são os direitos que as pessoas têm, outra são direitos e nenhuma responsabilidade. Corpo mole, invenção de doenças, coisas que são tão subjetivas", chegou a completar o presidente. Ainda há quem procure motivos para o fiasco Maxi Biancucchi. O argentino pode ser considerado a pior contratação do ano para o Tricolor, dada a expectativa e o investimento feito por ele. O futuro do jogador ainda é incerto. O clube deve tentar se desfazer do jogador, emprestando-o ou rescindindo o vínculo. Porém, com eleições presidenciais próximas, o Bahia ainda não tem uma definição do que será feito.

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