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O coordenador-técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, disse que os torcedores mostraram em Fortaleza que “futebol e política não se misturam”. Segundo Parreira, os jogadores “ficaram impressionados” com a reação dos torcedores na vitória contra o México por 2 a 0, ontem, no Castelão. Antes do jogo, mais de 10 mil pessoas protestaram nos arredores do estádio contra o alto custo da Copa. Policiais e manifestantes entraram em conflitos várias vezes. Uma menina de 15 anos que tentava entrar no estádio desmaiou ao respirar gás lacrimogêneo. Um carro da guarda metropolitana foi queimado. “Futebol e política não se misturam. Foi isso que aconteceu ontem. Antes da partida, chegaram várias mensagem que os torcedores iam vaiar os jogadores, protestar dentro do estádio. Na verdade, o que vimos foi diferente. Vimos uma participação impressionante da torcida, que emocionou os jogadores. O que temos que fazer é isso. Ganhar e dar alegria ao brasileiro”, afirmou o coordenador-técnico da seleção.
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Dentro do Castelão, os torcedores apoiaram o time. Antes do início do jogo, o hino foi cantado à capela pelo multidão e pelos jogadores. Parreira disse que os atletas têm liberdade para apoiar os protestos pelo país. Antes de seguir para o Castelão, Neymar publicou na rede social Instagram seu apoio aos protestos pelo país. Fred, Daniel Alves, David Luiz já haviam apoiado os manifestantes. “Todos têm liberdade para participar, mas não podemos confundir. Uma coisa é a seleção, a camisa amarela, que todos respeitam. Mas eles podem protestar. Não existe preocupação”, acrescentou.
ManifestaçõesA Fifa proíbe, mas os torcedores não se importaram e levaram cartazes à Arena Castelão apoiando os protestos que acontecem pelo país. Havia pedidos pelo fim da corrupção e críticas ao valor da passagem de ônibus e aos gastos para as realizações da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014. Pelo código de conduta dos torcedores, elaborado pela Fifa, item 5.6, os torcedores não estão autorizados a divulgar qualquer mensagem política, ideológica ou assistencial -e quem compra o ingresso recebe essas orientações.
Matéria Original: Correio 24h "Futebol e política não se misturam", diz Carlos Alberto Parreira