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Inspirado em Roberto Carlos, Ayrton é destaque com o pé direito

Mal começou a temporada e Ayrton acumula dois golaços de falta. Lateral é uma das principais armas do Leão para 2014

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03/02/2014 às 9:26 • Atualizada em 01/09/2022 às 8:40 - há XX semanas
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Ayrton: "Gostava muito de ver Roberto Carlos batendo"
Falta frontal ao gol. O cobrador chega pra bola e pela frente tem um monte de gente na barreira, um goleiro nada disposto a ajudar e, por fim, a tão cobiçada rede. Uns procuram olhar cada um desses detalhes antes do árbitro autorizar a cobrança, enquanto outros utilizam um ritual com olhos fechados e tudo o mais. Ayrton se encaixa no segundo grupo. Muito estilo, e o mais importante: pontaria. Com o pé calibrado, o lateral-direito já é temido em 2014. Mal começou a temporada e Ayrton acumula dois golaços de falta. Os dois em Pituaçu, no ângulo do goleiro, com força e contra sergipanos. De diferente, os adversários e a distância pro gol. Na quarta, rente à meia lua, uma pancada igual ao placar de 5x1 sobre o Sergipe. No sábado, um pouco mais distante, foguete para abrir a vitória de 2x1 sobre o Confiança que selou a classificação rubro-negra para a segunda fase da Copa do Nordeste. Vítima, o goleiro Beto, do Confiança, soltou: “Nem se tivessem dois goleiros dava pra pegar”. O que está por trás do sucesso da patada de direita? Uma referência com a canhota. “Gostava muito de ver Roberto Carlos batendo. Uma bola reta forte. Desde quando eu comecei a jogar, treinar, eu venho batendo essas bolas retas fortes. Tava tentando colocar, a barreira anda, o zagueiro sobe e tira casquinha da bola... Aí mudei a batida. Comecei a bater forte, no canto do goleiro e foi aí que saíram os dois gols”, explica o camisa 2. Mudança motivada pelo dia a dia. Além da obrigação, que é se apresentar na hora certa no clube e treinar, o lateral faz uma horinha extra no campo. Em média, são 20 cobranças diárias. “No treinamento, você vai batendo, batendo e vê o jeito certo de bater na bola. Na hora do jogo, só tem uma chance. Esqueço a pressão. É um momento meu com a bola e o goleiro. Tem que esquecer o resto e concluir em gol”, dá a dica. Meta - Com tanta confiança, o lateral já pensa como atacante. “Ponho na cabeça que a minha meta é conquistar títulos com gols e na minha temporada tenho que fazer de seis gols pra cima. No mínimo, seis. Sempre em busca disso”, estabelece o paulista de Piracicaba, 28 anos, que no último Brasileiro fez três gols pelo Leão, sendo um de falta. Pontaria certeira que faz o torcedor rubro-negro não sentir falta de laterais velocistas, perfil recente da camisa 2 do Vitória após a passagem de Apodi e os anos de Nino, hoje no banco. “Tenho um pouco de velocidade, mas vale mais passar na boa, na qualidade. Quando subir, tem que chegar inteiro pra fazer o cruzamento. Não adianta passar todas, não receber e se desgastar. Somos quatro zagueiros. Depois ajudo na frente”. Sem palavras - Ayrton vive o melhor momento da carreira. Após se destacar no Coritiba e ser pouco aproveitado no Palmeiras, o jogador que chegou ao Vitória no Brasileirão 2013 para resolver o problema da lateral, alcançou muito mais que isso. “Desde o ano passado, estou feliz, contente. É uma grande equipe, um grande clube que renovou com os jogadores que mostraram ter condições. É um momento excelente na minha carreira, a chegada dos meus filhos... É um momento maravilhoso. Sem palavras”, se emociona o lateral, pai dos gêmeos Lara e Davi Luiz, que nasceram no último dia 31 de dezembro. Matéria original: Jornal Correio* Inspirado no estilo de Roberto Carlos, Ayrton é destaque com o pé direito

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