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Ismerim entrega cargo, chama MGF de "amigo" e critica gestão

Ex-vice-presidente jurídico do clube explica saída em carta ao presidente. "O que se respira e transpira no seio da nossa torcida é um clamor por mudanças", diz

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16/05/2013 às 16:32 • Atualizada em 31/08/2022 às 17:34 - há XX semanas
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Ademir Ismerim é o segundo dirigente a sair do clube
O Bahia está abandonado. Enquanto o presidente Marcelo Guimarães Filho não aparece para comentar o momento de crise, o clube vai perdendo seus profissionais e membros da diretoria aos poucos. Depois de Paulo Angioni, Joel Santana e a dispensa de 14 jogadores, foi a vez do vice-presidente jurídico Ademir Ismerim deixar o cargo. Em carta de renúncia, o ex-dirigente tricolor agradece o convite do mandatário para trabalhar no clube, mas revela discordâncias e critica alguns pontos da atual gestão. "No tocante ao elenco de jogadores disponibilizado, melhor sorte não teve o nosso clube, pois que inúmeras contratações foram realizadas sem a competência que se exige, o que ficou claro nas campanhas pífias que fizemos, principalmente neste ano de 2013, com a desclassificação da Copa do Nordeste, a classificação bisonha às finais do Campeonato Baiano e os jogos de maior importância realizados contra o E.C. Vitória", diz trecho da carta. Ismerim destaca também que o clube precisa sofrer mudanças. "Neste momento, o que se respira e transpira no seio da nossa torcida é um clamor por mudanças, porquanto o presente é negro e o futuro, a continuar nesta toada, nos remete à mais lenta e sofrida morte", disse, sem se omitir de parte da culpa pelo atual momento. "Entendo que também me assalta a responsabilidade, pelo menos na omissão, pois somos todos responsáveis pelos fracassos". Mais membros da direção podem deixar o clube, bem como outros funcionários. Leia carta na íntegra Ismerim & Advogados Associados Caro Presidente, Quando da primeira eleição de V.Sa., fui pessoalmente convidado pelo ilustre amigo para assumir a Vice - Presidência Jurídica do E.C. Bahia, num projeto novo de recuperação do clube na sua parte física e administrativa, culminando com a tão sonhada democratização, através de eleições diretas entre os sócios, para assim fazer cumprir o acordo tabulado com a BAMOR, POVÃO e eu próprio, razão pela qual aceitei o convite. Depois de idas e vindas, incluindo ações judiciais, assembleias de sócios que não terminaram, finalmente, quase quatro anos depois, foi aprovado o novo estatuto do clube o que, no entanto, não iluminou na democracia qualquer luz na sua política de renovação, porquanto inúmeras dificuldades foram criadas para a vida democrática do clube, a exemplo de eleições com filtro, a ser partido de um Conselho engessado e autocrático na sua formação e na sua condução, bem como o aumento excessivo das mensalidades daqueles que quisessem se associar, na medida em que a mesma saltou de R$ 40,00 (quarenta reais), para R$ 80,00 (oitenta reais). No tocante ao elenco de jogadores disponibilizado, melhor sorte não teve o nosso clube, pois que inúmeras contratações foram realizadas sem a competência que se exige, o que ficou claro nas campanhas pífias que fizemos, principalmente neste ano de 2013, com a desclassificação da Copa do Nordeste, a classificação bisonha às finais do Campeonato Baiano e os jogos de maior importância realizados contra o E.C. Vitória. Neste momento, o que se respira e transpira no seio da nossa torcida é um clamor por mudanças, porquanto o presente é negro e o futuro, a continuar nesta toada, nos remete à mais lenta e sofrida morte. Mesmo que eu não tenha qualquer participação nas contratações de jogadores, de técnicos, comissão técnica, e outros menos votados que compõe o departamento de futebol, entendo que também me assalta a responsabilidade, pelo menos na omissão, pois somos todos responsáveis pelos fracassos. Sei que muito se fez principalmente na estrutura física do clube e na organização administrativa, incluindo aí o departamento jurídico, e muito mais se tentou fazer, mas entendo que não é o bastante, não é o que a torcida espera, não é o que merece o Bahia e, por esta razão, penso que devemos dar oportunidade a outros que talvez enxerguem melhor os caminhos do presente e do futuro tão próximo e, assim, possam resgatar o que seja o Bahia oferecendo à torcida o melhor dos seus intelectos, das suas formas de administrar e que, melhor administrando, possam trazer para nós, inclusive para mim, que não vou desistir, dias melhores. Assim, agradeço a lealdade e o respeito pela oportunidade que tive em fazer parte da diretoria do E.C. Bahia no período em que V.Sa. é Presidente, entendendo que a incapacidade não deve ser comemorada, nem tão pouco servir de espelho para aqueles que nos cercam e que a torcida do Bahia merece resgatar sua esperança; assim, estou RENUNCIANDO ao cargo da diretoria que ocupo neste clube, pedindo desculpas pelos meus erros e desejando àqueles que permanecem e àqueles que vierem somar esforços, sucesso e dias melhores, porque serei sempre BAHIA. Salvador, 15 de maio de 2013. Saudações tricolores Ademir IsmerimLeia mais Preparador físico vai ser o treinador no Ba-Vi do Barradão

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