Esta quarta-feira (11), no Fazendão, foi dia de lavar roupa suja. Após o empate diante do ABC, na Fonte Nova, confiar no acesso se resume quase que totalmente à fé. Isso porque o Bahia tem apenas 5,4 % de chances de conquistar uma das três vagas restantes para a Série A de 2016, segundo a Universidade Federal de Minas Gerais. É preciso ganhar as três partidas restantes e contar com tropeço dos concorrentes Sampaio Corrêa e Santa Cruz.
Como se não bastasse ter que se preocupar com os três adversários que tem pela frente, houve a necessidade de contornar situações como a que envolveu uma declaração de Tiago Real, logo após a partida da última terça. O jogador disse que o Bahia “tinha que subir”, lamentando o resultado e dando a entender que havia jogado a toalha. “Vocês me conhecem, conhecem minha índole. Ninguém jogou a toalha, muito menos eu. Me desculpem se coloquei de alguma forma que gerou dupla interpretação”, se retratou o atleta em entrevista coletiva.
Autor de gol contra o ABC, Roger observa a coletiva de Tiago Real no Fazendão (Foto: Arisson Marinho/Correio) |
Tiago foi o porta-voz também para falar sobre a atitude do lateral Cicinho no jogo, que provocou a torcida quando foi vaiado. “Cicinho já pediu desculpa, hoje (ontem) já se desculpou com o grupo. Não quis ofender ninguém. Ele é um jogador experiente e isso toma uma repercussão maior. Já se retratou, já está desculpado”.
As desculpas, no entanto, parecem não ter comovido o técnico Charles, que sequer relacionou o lateral para o jogo contra o Boa, sábado. No lugar dele, Adriano Apodi voltou a ser chamado e pode, inclusive, entrar como titular.
Mesmo diante de tantos problemas, o discurso se mostrou ainda mais otimista do que antes dos tropeços dentro de casa. “O Bahia está muito vivo ainda, escutem o que eu estou falando. No dia 28 a gente vai se abraçar, isso eu tenho certeza”, afirmou o meia, projetando a última rodada, quando o tricolor recebe o Atlético-GO.
Outra Batalha? Dentro da matemática tricolor, as possibilidades de acesso ainda são reais. Se cada jogo já estava sendo encarado como uma decisão, a partida contra o Náutico, no dia 21, pode se tornar a segunda “Batalha dos Aflitos”, assim como em 2005, quando o Grêmio, com quatro jogadores expulsos, conquistou o acesso em Recife.
“Vamos voltar com vitória lá de Varginha, fazer uma final contra o Náutico e minha cabeça pede pra, no último jogo, ver a Fonte Nova lotada e a gente só dependendo de nós. Talvez seja mais gostoso dessa forma”, acredita Roger.
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