Jorge Wagner espera, enfim, ser protagonista no Vitória

Aos 36 anos, o veterano meia Jorge Wagner ainda parece estar chegando na casa dos 20. Não pela condição física ou técnica, mas pelo momento pessoal dentro do futebol. Assim como quando era jovem, época em que ainda era um desconhecido da bola, o meia tem treinado diariamente em busca da oportunidade no time titular, algo que vai acontecer apenas pela terceira vez nesta Série B no duelo diante do Bragantino, nesta terça-feira (1º), em Bragança Paulista. Ele substitui Escudero, suspenso.

Uma situação atípica para um jogador com vários títulos ao longo da carreira – Libertadores e Brasileiro estão entre os tantos. E também, bem diferente do planejado no período da sua contratação, no início da temporada. “A princípio fui contratado para resolver a situação do Vitória. Mas no início do ano, esse processo do rebaixamento para Série B e o momento difícil da equipe, atrapalhou um pouco meu desenvolvimento dentro do grupo. Não tive o rendimento esperado. Porém ainda há tempo, o segundo turno todo no Brasileiro. Posso ter destaque e ser um dos protagonistas”, projeta o meia.

Sem Escudero, Jorge vai ter nova chance no time titular do Vitória (Foto: Arisson Marinho/Correio)

A esperança é reflexo das últimas duas semanas, quando o meia voltou a ser aproveitado por Mancini após se recuperar de uma longa lesão e se portou bem, diferente de todo o primeiro semestre, quando ficou marcado como um dos responsáveis pelos insucessos da equipe dentro de campo.

“Fiquei um mês machucado e acredito que essa foi a contusão mais longa que tive na carreira. Voltei e, nesses últimos jogos, procurei dar minha contribuição. Contra o Luverdense tive uma participação efetiva e decisiva com o passe para o gol de Vander”, afirmou ele, para depois completar. “Estou feliz com as oportunidades que estou tendo. Que possam vir mais”, comenta Jorge, que se recuperou de um grave trauma no pé. Uma volta que coincidiu com o bom momento da equipe, algo que Jorge Wagner considera crucial para ter conseguido render. “Quando você entra num momento desse, facilita o trabalho. Além da vontade de estar voltando, o encaixe da equipe facilitou para mim”, explica ele, que foi o escolhido para substituir Escudero na derrota de 2x0 para o Sampaio Corrêa, partida que marcou o início do returno.