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Kakay solta o verbo sobre processo de intervenção

Como interventor do Bahia, Carlos Rátis tem o poder de tirar Kakay do caso

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13/07/2013 às 13:31 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:49 - há XX semanas
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Segundo o advogado Kakay, seu cliente é inocente
A desembargadora Lisbete Maria Santos negou efeito suspensivo ao agravo dado pelo advogado Antonio Carlos Castro, o Kakay. Assim, a intervenção no Bahia deve durar ao menos mais 10 dias. No ato, a desembargadora posterga sua decisão sobre o agravo até o juiz da causa Paulo Albiani, da 28ª Vara Cível, se pronunciar.
O CORREIO procurou o interventor Carlos Rátis e o advogado Kakay para duas entrevistas. Rátis, por três dias, argumentou estar ocupado. Kakay opinou por 35 minutos sobre o processo. A intervenção no Bahia fez o criminalista, um dos mais requisitados do Brasil, estrear no Tribunal de Justiça da Bahia após 35 anos de carreira. “Tive essa honra”, falou, por telefone, do Rio.
“As pessoas acham que o que está sendo julgado é o Marcelo e a administração dos Guimarães como um todo. Não é essa questão. O que é julgado? Pode um conselheiro ou um sócio, sentindo-se alijado da votação, recorrer ao poder Judiciário por uma intervenção, excluindo o presidente e todo o Conselho? É essa a questão”, disse, preocupado.
ADVOGADO KAKAY RESPONDE
Já falou com Carlos Rátis? - “Eu liguei, tentei falar três ou quatro vezes e não consegui, mas ele, anteontem (quarta), me mandou um torpedo muito simpático, dizendo que não tinha respondido porque está com a vida atabalhoada e eu acredito. Eu respeito e tenho boas informações dele. Não queremos tumultuar”
Rátis, como interventor, pode retirá-lo do caso. Como vê isso? - “Isso seria um acinte à advocacia e ele é advogado. Nem vislumbro essa possibilidade. Eu fui contratado em um momento por um objeto lícito e na defesa de um direito. Acho que seria deslealdade retirar os meus poderes”
Desejo de retirar do caso o juiz da 28ª Vara Cível, Paulo Albiani - “Quem acredita no Judiciário não tem medo da verdade. O juiz não quer que o Tribunal de Justiça decida e determinou o final da apelação. Quero tirar isso do âmbito deste juiz. Sinceramente, acho que houve certo passionalismo ao julgar o processo, e o Judiciário não comporta paixão. É técnico, felizmente. Que o Tribunal diga quem tem razão”
Pergunta se o cliente é inocente? - “(Risos) Não. Eu tive a sorte na vida de só ter tido cliente inocente (risos). Graças a Deus! Você viu aí no Mensalão. Mas saindo da brincadeira... Hoje, eu me dou ao luxo de fazer os processos que me dão paixão. Este caso impressionou. É um paradigma para o futebol. Se o Judiciário puder fazer intervenção nos clubes, tirando diretoria e conselheiros, por insatisfação de um conselheiro, será um dano ao futebol brasileiro”
Peso das goleadas do Vitória - “Infelizmente, teve peso. O cidadão saiu do clube 27 dias antes da eleição, dia 6 de dezembro de 2011. Vem intervenção, Tribunal suspende e depois processo paralisado. Aí, um ano e sete meses depois, o movimento contra Marcelo na presidência. Foi potencializado. Não digo que influenciou o Judiciário, mas sabemos que hoje – e os movimentos sociais movimentaram o Brasil como um todo –, com toda a discussão com o Torcida Zero e tudo, é evidente que se criou um clima. Mas, se o Atlético ganhasse do Cruzeiro de 5x1 e 7x3, eu ia enlouquecer, mas não procuraria o Judiciário. Ia me unir a pessoas que pudessem fazer melhor”
Gestão x Intervenção - “O processo fala de intervenção e a imprensa fala de gestão. Eu não sou advogado da gestão, até poderia, mas sou da intervenção. O dado é técnico. Foram 58 pessoas afastadas do processo eleitoral em medida antipática e apenas uma se insurgiu, o Seu Jorge, não o músico, mas Senhor Jorge (risos). E não para o direito de votar, que seria razoável, mas fazer a destituição da diretoria e Conselho. Desproporcional”
Outras saídas jurídicas - “Há várias saídas e até tribunais superiores. Respeito a desembargadora (Lisbete Maria) e não me manifesto antes. Meu direito é tão cristalino. Não vou falar em recurso se acredito na tese. Tenho medo de ser presunçoso e respeito o Tribunal, assim como o juiz que concedeu a intervenção. Mas discordo radicalmente. Ele agiu de forma açodada e, no meu ponto de vista, injurídica, mas o Tribunal vai dizer”
*O CORREIO passou 3 dias tentando marcar uma entrevista com o interventor Carlos Rátis, sem sucesso. Mas o espaço segue aberto a Rátis Matéria original: Correio* Kakay solta o verbo sobre processo de intervenção e descarta ser afastado do caso

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