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Presidente volta ao cargo: "vamos seguir trabalhando" |
O reinado do advogado Carlos Eduardo Rátis, escolhido pela justiça como interventor do Bahia, durou apenas poucas horas. No início da madrugada desta quarta-feira (7), o desembargador Gesivaldo Brito cassou
a liminar impetrada pela oposição tricolor e deferida pelo juiz Paulo Albiani que cancelava as eleições e destituía os atuais dirigentes dos seus cargos. Deste modo, Marcelo Guimarães Filho volta a ser legitimado como presidente do clube.
Pelo twitter, o mandatário comemorou a nova decisão da justiça. "Conseguimos revogar a decisão anterior. Vamos seguir trabalhando! Sempre confiei na justiça! Quero agradecer a todos os torcedores que me deram apoio. O momento é de união!", concluiu o presidente,
que horas antes havia lamentado o fato de não poder assinar nada em nome do clube e não tocar os assuntos sobre contratação e renovação de jogadores num período de alta temporada para esse tipo de transação.
A liminar é fruto da ação do sócio e ex-conselheiro Jorge Maia, que entrou na justiça reclamando da sua exclusão do conselho indevidamente. Há cerca de 90 dias, o grupo da situação tricolor excluiu cerca de 60 conselheiros alegando que eles estavam irregulares. Porém, a liminar inviabilizou os trabalhos dentro do clube, além de suspender as eleições. Até a interrupção, mais de 200 conselheiros já haviam votado, número suficiente para reeleger Marcelo Filho, que comandará o Bahia por mais três anos. Seu atual mandato vai até o dia 11 de dezembro.
O juiz Paulo Albiani também havia determinado um interventor que garantisse eleições transparentes no Bahia e assumisse a administração do clube de maneira provisória. O advogado Rátis foi o escolhido e o seu salário também foi estipulado pelo magistrado: R$ 60 mil.
Rátis se apresentou aos dirigentes do Bahia no final da tarde de terça, na sede de praia do clube, na Boca do Rio, e tinha uma reunião marcada com Marcelo Filho para as 17h desta quinta. Com a nova decisão, o encontro está automaticamente cancelado.
Tudo sob controle - Antes da revogação da liminar, Marcelo Filho mostrava preocupação sobretudo com o departamento de futebol do Bahia. Destituído, ele temia que o clube perdesse tempo hábil na negociação com os atletas e principalmente com o técnico Joel Santana. Como condição para renovar, o treinador aguardava a reeleição do presidente e, nos bastidores, havia boatos de que ele poderia deixar o clube caso a intervenção da justiça se arrastasse por mais tempo.
Pelo twitter, o médico do clube Fábio Costa disse que dois atletas haviam ligado para ele dizendo que também não permaneceriam no Bahia se o entrave não fosse resolvido o quanto antes. Outras negociações que estão em andamento também corriam o risco de cair por terra, como é o caso do zagueiro Titi, do goleiro Marcelo Lomba e do atacante Souza. Ainda nesta quarta-feira, o presidente Marcelo Filho espera anunciar a renovação de contrato com o técnico Joel Santana.