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Maior artilheiro do Baianão, Cláudio Adão desafia Neto a fazer mais

Ex-atacante do Bahia admite que sua marca no estadual deve ser ultrapassada, mas quer ver o centroavante do Leão ser artilheiro do país no ano

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23/03/2012 às 12:19 • Atualizada em 28/08/2022 às 19:25 - há XX semanas
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"Tem uns times muito fraquinhos aí", diz Adão
Nas décadas de 1970 e 1980, Cláudio Adão era sinônimo de gol. Revelado no Santos de Pelé, passou por Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, Corinthians, Cruzeiro e vários outros clubes. No Bahia, jogou de 1986 a 1987, no embrião do time que viria a ser campeão brasileiro de 1988. Em 1986, fez 27 gols no Baiano - diz a estatísitica oficial, mas ele garante ter feito 28 -, marca até hoje não superada, 26 anos depois. Atualmente, Adão é técnico do Atlético Paranaense no Brasileiro de Futebol de Areia, em São Paulo. Foi após a derrota por 6x4 para o Santos, ontem, que Cláudio Adão atendeu à reportagem do jornal Correio*. Bem informado, já sabia que seu recorde está prestes a cair. "Pela maneira que ele (Neto Baiano) está jogando, deve ser um bom atacante. Torço pra que ele encoste em mim, já são 26 anos e ninguém bateu esse recorde", se vangloria. Quando descobre que só na última partida Neto fez quatro gols, a pergunta é inevitável: "contra quem ele fez quatro?" - Contra a Juazeirense. "Tem uns times muito fraquinhos aí na Bahia hoje", retruca Adão. Ele recorda que, na sua época, o equilíbrio era maior. "Tinha time bom, não é que nem hoje não. Tinha a Catuense, Serrano era bom pra cacete, Ypiranga, Fluminense de Feira, Atlético de Alagoinhas". - E o Vitória? "Contra o Vitória eu joguei uns cinco jogos. Ganhei todos e fiz cinco gols". Diante da ameaça de superação iminente, Cláudio Adão propõe a Neto Baiano um desafio maior. "Em 86 eu fiz 65 gols no ano, fui artilheiro do Brasil. Quero ver ele jogar o Brasileiro e terminar o ano com 66". – Mesmo na série B? "Tudo bem, eu aceito", diz Adão. Charles - Do time do Bahia com o qual foi campeão e artilheiro, Cláudio Adão lembra com detalhes. "Era Rogério no gol, Zanata, Estevam, Claudir, depois Estevam saiu e entrou Pereira, e Edinho na esquerda. O meio era Paulo Martins, Leandro, Zé Carlos e Bobô. Sandro na ponta esquerda e eu", escala a formação que já contava com seis jogadores que seriam campeões em 88. "Quando eu saí, entrou o menino, Charles, que ia ser dispensado junto com (Dico) Maradona, mas eu falei como Maracajá (então presidente do Bahia) e ele segurou", revela.

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