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MP da Suíça inicia investigação sobre Valcke na Copa 2014

Ex-secretário-geral da Fifa é acusado de participar de um esquema ilegal de venda de entradas para o Mundial do Brasil

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24/09/2015 às 11:49 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:08 - há XX semanas
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O Ministério Público da Suíça anunciou ontem que requisitou à Fifa todas as contas de e-mails do secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, acusado de ligação com um esquema de venda ilegal de ingressos da Copa de 2014.
“Posso confirmar que queremos ter acesso a essas contas de e-mail seladas. Até agora, a Fifa não atendeu nosso pedido”, disse André Marty, porta-voz de Michael Lauber, procurador federal suíço. Há uma semana, Valcke foi afastado do cargo na Fifa após a entidade tomar conhecimento de uma série de denúncias de que ele estava envolvido em um esquema de venda de ingressos na Copa do Mundo.
As informações foram reveladas por um grupo de jornalistas internacionais. Na ocasião, o empresário Benny Alon afirmou na Suíça que o dirigente ficava com parte do dinheiro de ingressos da Copa de 2014 revendido com ágio.

Foto: AFP

O empresário, porém, não apresentou provas de que Valcke realmente lucrou com entradas do Mundial. O dirigente da Fifa nega qualquer irregularidade. Alon é sócio da JB Sports & Marketing, que tinha um contrato para fornecimento de ingressos da Copa com a Fifa.
Ele afirmou, por exemplo, que fez um acordo com Valcke para vender os ingressos do Mundial com ágio de 200% no mercado negro. Em troca, segundo ele, a JB Sports e Valcke dividiriam os lucros meio a meio. De acordo com o “The Guardian”, a JB Sports tinha envolvimento com a Fifa desde a Copa do Mundo de 1990, na Itália, e assinou um contrato em 2010 para vender 8.750 ingressos para o Mundial do Brasil, em 2014. O acordo garantia ingressos para os 12 melhores jogadores do torneio, assim como para os 12 piores.
Histórico polêmico Valcke já estava sob pressão devido a uma carta que mostra que ele teria recebido um pedido de repasse de R$ 39 milhões. O dinheiro seria usado para comprar votos a favor da candidatura da África do Sul à Copa de 2010.
Na sexta-feira passada, a Associated Press mostrou que o dirigente negociava uma rescisão milionária com a entidade. Ele tentava se desligar porque tinha mais três anos de contrato. Em julho desse ano, Valcke disse que, provavelmente, deixaria o seu cargo logo após a eleição para a presidência, dia 26 de fevereiro. CPI do Senado aprova quebra de sigilos de José Maria Marin Em uma sessão com direito a bate boca, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado aprovou ontem a quebra dos sigilos bancário e fiscais do ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso desde o fim de maio na Suíça, acusado de participar de um esquema de corrupção milionário. Além disso, a CPI aprovou que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) envie às autoridades suíças as informações financeiras de Marin desde o dia 12 de março de 2012 até a data de sua prisão. Os senadores também aprovaram a quebra dos sigilos de José Margulies, empresário da área de marketing acusado de movimentar milhões em propina e único dos 14 citados na investigação da Fifa que não foi preso. Antes da votação os senadores Romário (PSB-RJ) e João Alberto (PMDB-MA) discutiram. O maranhense não gostou das críticas feitas pelo ex-jogador ao atual presidente da CBF Marco Polo Del Nero.
Correio24horas

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