Parece que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, caiu sobre os estádios de futebol de alguns estados do país, incluindo a Arena Fonte Nova, em Salvador. De acordo com matéria publicada pelo Globoesporte.com/Natal, o Grupo OAS está colocando à venda 100% dos ativos da Arena das Dunas, em Natal-RN, e 50% do estádio baiano. Ambos foram palcos da Copa do Mundo no Brasil no ano passado.
A Operação Lava Jato apura um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiros e políticos do país. Em nota, a OAS confirmou a negociação da Arena das Dunas e apresentou, nesta terça-feira (31), um pedido de Recuperação Judicial de nove de suas empresas à Justiça do Estado de São Paulo. A construção do estádio potiguar custou R$ 423 milhões, com R$ 100 milhões investidos pela OAS e o restante financiado pelo Governo do Rio Grande do Norte através do BNDES, resultando num total de R$ 1,2 bilhão, ainda segundo a publicação. A partir das investigações sobre a Petrobras e o suposto envolvimento em corrupção, a OAS começou a encontrar dificuldades desde o mês de novembro de 2014. "O setor de infraestrutura depende de financiamento intenso de capital para o desenvolvimento dos projetos que dão suporte ao crescimento econômico do país. Desde o início das investigações na Petrobras, as instituições financeiras têm sistematicamente restringido o acesso das empresas aos recursos necessários para a manutenção das obras. Com quase 40 anos de vida, a OAS se vê impelida a tomar medidas que lhe permitam continuar a operar num processo saudável de renegociação das dívidas, preservando milhares de empregos diretos e indiretos", afirmou o presidente da empreiteira, Fabio Yonamine. Em nota, a empresa disse ainda que "o pedido de Recuperação Judicial não inclui as Sociedades de Propósito Específico (SPEs) da OAS Empreendimentos, que são responsáveis pela incorporação e construção de empreendimentos imobiliários em vários estados brasileiros. Dessa forma, todos os compradores de imóveis não serão afetados por qualquer acordo estabelecido dentro da Recuperação Judicial". Na Recuperação Judicial, foram excluídas a Arena das Dunas, a Arena Fonte Nova, a OAS Soluções Ambientais e a OAS Óleo e Gás, além das participações da OAS na concessionária Porto Novo, no Estaleiro Enseada, na OAS Logística, na OAS Energy e na OAS Defesa. Serão colocadas à venda a participação da OAS S.A na Invepar (24,44% do negócio), a fatia no Estaleiro Enseada (17,5%), a OAS Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%), a OAS Óleo e Gás (61%) e a OAS Defesa (100%).
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