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Por onde anda? Bebeto Campos aproveita aposentadoria com a família

Ex-dupla BaVi, volante que parou de jogar por problemas cardíacos revela mágoa com diretoria do Bahia e diz que bate um baba toda semana

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31/07/2011 às 7:02 • Atualizada em 27/08/2022 às 19:16 - há XX semanas
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Bebeto Campos defendeu o Bahia por cinco temporadas
Quem não se lembra de José Nilton da Silva Campos, ex-jogador de Bahia e Vitória? Não conhece? Provavelmente sim, mas com outro nome. Nascido em Almadina, interior da Bahia, a 450 km de Salvador, José ganhou o apelido de Bebeto quando ainda jogava na escolinha do Grêmio de Coaraci, na década de 1980, graças ao também baiano Bebeto Gama que seria campeão mundial com a camisa da Seleção Brasileira em 1994. Em 1997, ambos jogaram juntos no Vitória. Bebetinho acabou virando Bebeto Campos. Hoje com 36 anos, Bebeto Campos, que mora em Vilas de Abrantes, distrito do município de Camaçari, relembra os fatos marcantes da sua carreira ao iBahia e garante que ainda bate uma bolinha quando dá na telha, além de acompanhar os jogos da dupla BaVi nos estádios. No bate-papo, o ex-volante revela mágoa com a diretoria tricolor. Com problemas cardíacos, ele encerrou a carreira precocemente, com apenas 29 anos, mas garante já não pensar tanto nisso e prefere curtir o tempo livre com a família.O que você tem feito?Me aposentei, hoje cuido das minhas coisas. O jogador passa a vida inteira viajando muito e passa pouco tempo com a família. Agora, fico sempre com meus filhos (Anderson, de 17 anos, e Beatriz, de 11). Casei cedo, com 18 anos, e tô com a mesma mulher (Simone) até hoje. Também vou na roça lá em Almadina.Bebeto Campos ainda bate uma bolinha?Não consigo ficar parado. Jogo sempre na quinta e nos fins de semana, com amigos. Tem visto os jogos da dupla BaVi?Acompanho sim. Sempre que posso vou ao estádio. Quando não posso, vejo tudo pela televisão.Um exame detectou miocardiopatia e dilatação de um dos vasos do seu coração. O resultado trazia a notícia de que você não poderia mais jogar bola. Como foi receber isso?Jogar era tudo para mim. Desde novo eu só vivia jogando bola. Foram mais de dez anos de carreira. Os três primeiros anos após a interrupção foram muito difíceis, mas eu consegui superar tudo com ajuda da família e amigos. A torcida do Paysandu me apoiou muito. Não só a do Paysandu, na verdade, até os torcedores do Remo se solidarizaram comigo.Em 2002, o Bahia se livrou do rebaixamento apenas na última rodada do Campeonato Brasileiro. Depois desse torneio, você ficou de fora dos planos da diretoria. Ficou magoado por não ter o contrato renovado em 2003?Magoado eu fiquei, lógico. Eu tinha cinco anos no Bahia. Ninguém me procurou para renovar contrato. Fiquei sabendo pela imprensa que iam abaixar metade do meu salário. De Almadina, no sul do Estado, para capital. Como começou a sua trajetória no futebol? Eu comecei em Coaraci, na escolinha do Grêmio de Coaraci. Aí surgiu o convite para vir para divisão de base do Bahia. Vim com 13 anos para o Bahia. A direção do Bahia fez um teste lá em Itajuípe (cidade que fica a uma hora de Coaraci) e, na última hora, eu decidi fazer. Eu tinha 13 anos, meus pais não queriam que eu fizesse. Acabei fazendo, passando e indo para o Bahia. Foi difícil, né?! Com 13 anos, vir sozinho para capital. Pra mim foi difícil. Sempre jogou como volante ou já se arriscou em outras posições? Joguei sempre no meio-campo, de primeiro volante e segundo volante. Você começou no Bahia e depois foi para o Vitória. Como você encarou essa mudança? Fiquei no Bahia dos 13 aos 17 anos e fui para o Vitória naquela confusão que teve lá no Bahia (quando deixou o Tricolor, o coordenador Newton Mota levou alguns jogadores, inclusive Bebeto Campos). Ná época foi natural. Eu praticamente fui dispensado do Bahia, que estava fazendo uma reformulação. Surgiu a oportunidade de ir para o Vitória e eu fui.A adaptação no Vitória foi rápida?Acho que eu aproveitei a primeira oportunidade que tive. Com 17 anos eu já treinava na equipe profissional do Vitória. Em 1993, eu já treinava. Aí em 1994 surgiu a oportunidade de viajar pro Peru e Equador e acabei aproveitando as chances lá e voltei como titular do time. Como é que de José você passou a ser Bebeto? Botaram esse apelido de Bebeto por causa de Bebeto Gama. Na época lá no interior, os caras gostavam muito de Bebeto. Aí quando eu ia pro treino os caras colocaram esse apelido e acabou pegando. Eu tive a oportunidade de jogar com ele em 1997. Como tinha dois Bebetos, ficou Bebeto Campos e Bebeto Gama. Em 1998 você teve a chance de jogar no Fluminense. O que deu errado no clube carioca? Passei quatro anos no Vitória e aí o Paulo Carneiro me levou para o Fluminense. Fiquei três ou quatro meses lá, o Bahia se interessou de me trazer e, na época lá, a situação não tava tão boa, não tavam pagando meu salário. Atrasaram. A oportunidade surgiu de vir para o Bahia e eu aceitei. Houve alguma resistência na sua contratação, já que você tinha feito sucesso no Vitória e saído do Fazendão ainda na base? Fui bem recebido no Bahia. Cheguei no aeroporto, tinha muito torcedor me esperando, me desejando boa sorte. Fui abraçado pela torcida do Bahia com muito carinho. Procurei vestir a camisa do Bahia com honra. Na época que eu tava no Bahia, fui um dos jogadores que mais jogou. Fui bicampeão do Campeonato Baiano, bicampeão da Copa do Nordeste.
Onde você viveu o melhor momento da sua carreira? Por onde eu passei, procurei vestir a camisa da melhor maneira possível. Sem espaço no Bahia, você foi para o Recife jogar no Sport. Você passou um tempo lá e depois se transferiu para o Paysandu. Eram as duas últimas temporadas da sua carreira... No Sport eu não tive muitas chances porque jogava em um campeonato e no outro não. Já no Paysandu eu cheguei no início da temporada e acabei virando titular cedo. Lá no Pará ganhei o estadual também.
Bebeto era do Bahia, mas estreou como profissional no Leão
Qual o treinador que mais te marcou?Eu trabalhei com grandes treinadores, como Joel Santana, Edinho Nazareth, Geninho... Mas o Evaristo foi o que mais marcou. Qual o jogo mais importante da sua carreira? Todos foram. Qualquer jogo para mim sempre era importante. A primeira partida, eu novo, viajei com o time para o Peru e entrei no segundo tempo do jogo em um time que tinha campeões brasileiros, como João Marcelo e Ronaldo, além do Paulo Isidoro... E o gol que não sai da cabeça? Ah, são três. Tem um que fiz de cabeça em um BaVi decisivo. Aquele contra o São Paulo no Rogério Ceni, de fora da área, e um em cima do Atlético-PR pelo Vitória.

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