Chiquinho comenta jogos de Sport, Santa Cruz e Náutico |
Você começou a carreira no Sport. Entretanto, passou um bom tempo no Vitória. Qual o time que faz seu coração bater mais forte? O Leão da Ilha ou o da Barra?"Eu tenho um carinho muito grande pelos dois clubes. No Sport eu comecei. O Leão da Ilha me deu a oportunidade de aparecer para o Brasil, como jogador. Aqui eu tive a oportunidade de jogar ao lado de grandes craques do futebol brasileiro, como por exemplo o Juninho Pernambucano. Logo depois, eu fui pro Leão da Barra, um time que me acolheu de um jeito que eu nunca vou esquecer. Passei ao todo, com as idas e vindas no Vitória, cerca de seis anos. Esse clube nunca me abandonou, principalmente nas horas mais difíceis. Tive minhas lesões, minhas complicações, mas o time sempre tinha o cuidado de estar me avaliando e cuidando de mim. Portanto, eu não tenho distinção de nível de amor pelos dois clubes. São clubes importantes na minha carreira. O Vitória pela minha sequência e no Sport pelo meu começo".
O que você está achando do Vitória atualmente?"A atual situação do clube não condiz com o que ele representa nacionalmente. Sei que o Vitória passou por momentos complicados, como a queda para terceira divisão, mas logo retornou ao seu lugar. É um time grande. Acho que a equipe está passando por essa situação porque faltou planejamento na hora certa. O elenco é muito forte, porém foi montado muito tarde. Além disso, contou com a perda de alguns atletas. Acredito no potencial desta equipe e sei que irá sair dessa".
Tem algum tipo de decepção por ser convocado para Seleção Brasileira e não ter a oportunidade de jogar?"Eu não diria decepção, mas sim frustração. Eu estive em uma época em que tinha grandes nomes no futebol, momento esse que uma posição na Seleção Brasileira valia ouro. Eu fui convocado para o jogo contra Camarões, mas cheguei lá sentindo algumas dores. Informei ao Zagallo e ele me disse para ficar tranquilo, que outras oportunidades viriam. Mas não veio. Não coloco culpa nele, porque eu sei como era disputado cada vaga. Fiquei triste na hora, mas depois eu me dei conta do que aquilo representava para mim. Além de vencer a disputa entre os atletas que queriam chegar à seleção, eu vencia a barreira de ser um jogador nordestino para ser convocado para defender a amarelinha".
O que mais te chama atenção no futebol atual?"A falta de profissionalismo de alguns atletas hoje. Estamos vivendo em uma era em que os jogadores têm todo tipo de aparato. Eles têm acompanhamentos de nutricionistas, de médicos especializados, além de um salário altamente acima dos padrões em que eu vivia. Enquanto os jogadores que jogaram comigo ou contra, não tinham isso, mas se dedicavam ao máximo para dar o melhor dentro de campo. Respeitávamos o clube, os torcedores e a nós mesmos enquanto profissionais".
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*Sob supervisão do repórter Hailton Andrade
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