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Encontro descontraído na tarde de sexta no Fazendão |
Bléim, bléim, bléim... Soou o gongo! No corner esquerdo, o bicampeão mundial dos superpenas e dos pesos leves: 38 vitórias, 32 por nocaute. À direita, um campeão brasileiro, hepta carioca e tetra baiano: cartel de incontáveis vitórias. Vai começar a luta, mas antes vamos saber o que cada um deles espera desse confronto. "Popó é perigoso, mas meu nome é Joel Santana e meu apelido é Nocaute". Pronto, é o sinal pra todo mundo cair na gargalhada. A luta é na verdade um encontro de gigantes do esporte brasileiro. Acelino Popó Freitas, 36 anos, hoje deputado federal, e Joel Santana, 26 anos mais velho, mas ainda na ativa. Torcedor declarado do Vitória, Popó se arriscou em território inimigo, no Fazendão, para acompanhar o sobrinho Baco, volante de 21 anos que faz parte do 'Bahia B', equipe que disputa a Copa Governador do Estado.
Mão de pedra - Queria pedir um favorzinho, mas antes precisou relembrar os tempos de boxe e, com muita ginga, entrar no clima da brincadeira. "Peraê, rapaz! Deixa eu armar minha guarda que a mão do homem é pesada!", ouviu de Joel Santana. O ex-pugilista entrou na onda com um abraço no comandante tricolor. Depois, fez a propaganda. "Depois procure saber quem é. O moleque joga bola, Joel! Tem futuro", deu a dica. No primeiro semestre, Baco disputou o Baiano pelo Ipitanga e marcou quatro gols. "Vou falar com o Chiquinho (de Assis) para olhar esse garoto", prometeu o professor. Vai dar uma olhada, mas quer algo em troca. "Quero comer aquela feijoada da sua mãe. Você comia e virava uma fera, rapaz! Ninguém conseguia derrubar o cara". Popó emendou. "A feijoada de dona Zuleica é tiro e queda. Vou mandar fazer pra você também. Pode ficar tranquilo". Bom mesmo é tirar proveito desse encontro. "Vou levar essa força dele para o jogo contra o Coritiba. Vai dar sorte!", garantiu Joel.