Quase 35 mil quilômetros: Bahia dará quase uma volta ao mundo

O caminho do acesso à elite do futebol brasileiro é verdadeiramente longo. Na busca pelo acesso à Série A, o Bahia terá que percorrer 34.329 km para disputar os 19 jogos fora de casa da Série B. Para se ter ideia, uma volta ao mundo tem aproximadamente 40 mil quilômetros. O elenco tricolor fez as malas pela primeira vez ontem, quando viajou a Curitiba, onde hoje enfrenta o Paraná, às 16h30, na Vila Capanema. Foram 1.211 km de avião até a escala no Rio, e depois mais 676 km até a capital paranaense. Esta é apenas a primeira das seis viagens para o Sul do país, que tem seis representantes na Série B. Além do Paraná, também são da região: Criciúma, Brasil de Pelotas, Avaí, Joinville e Londrina. A maior parte dos roteiros é desgastante. O Bahia só não fará escalas ou conexões em quatro das 19 viagens que realizará. A delegação tricolor seguirá de Salvador direto para o Rio quando for enfrentar o Vasco, na 4ª rodada, e para Fortaleza, quando for jogar contra o Ceará, na 14ª. Tranquilidade também nas 24ª e 27ª rodadas, quando vai encarar Náutico e CRB, em Fortaleza e Recife, respectivamente. Os outros 15 trajetos reservam aos passageiros ao menos uma conexão. Achou ruim? Pode ficar pior. Oito deles incluem não só deslocamento em avião, mas também por terra. O Bahia vai encarar trechos de ônibus para chegar até as cidades de Criciúma (SC), Juiz de Fora (MG), Pelotas (RS), Bragança Paulista (SP), Joinville (SC), Londrina (PR), Osasco (SP) e Lucas do Rio Verde (MT). Esta última, onde o Esquadrão vai jogar contra o Luverdense, na última rodada da Série B, é a de acesso mais difícil. Pra chegar lá é preciso fazer conexão em São Paulo ou Brasília, seguir até Sinop, já no Mato Grosso, e de lá encarar mais 148 km de ônibus até Lucas do Rio Verde. A ideia é chegar ao destino final sem nunca mais precisar voltar nele, a não ser que o adversário também consiga o acesso à Série A.