O Bahia confirmou, nesta quinta-feira (21), que o meia argentino Leandro Romagnoli não ficará no clube. Após uma "novela" de quase oito meses, as partes chegaram a um acordo e o atleta retornou para Argentina, onde deve fazer um novo contrato com o San Lorenzo, onde é ídolo e, recentemente, conquistou a Taça Libertadores da América.
Leia mais notícias sobre o BahiaEm nota oficial, o Tricolor não entrou em detalhes da negociação para rescisão do pré-contrato no início do ano, mas informações de bastidores dão conta de que o jogador devolveria os 50 mil dólares pagos no começo da temporada e pagou metade do valor da multa rescisória prevista no acordo. Ou seja, o Bahia teria recebido, no total, 300 mil dólares para liberar o atleta. A única cláusula divulgada do novo acordo é de que Romagnoli está proibido de defender qualquer time brasileiro até o final da próxima temporada.
Justificativa - Juntamente com a nota, o Bahia divulgou um vídeo no qual Romagnoli deseja sorte ao Bahia e explica sua opção por não continuar na Bahia. "Por questões familiares, tenho que retornar ao meu país. Seria uma honra ficar no Bahia, me trataram muito bem aqui, mas realmente não posso. Tenho a decisão tomada de voltar, porém quero deixar bem claro que o Bahia fez tudo o possível para que eu pudesse ficar", disse o atleta, que já está em Buenos Aires.
Veja como está a classificação da Série ADiretor de futebol do Bahia, Rodrigo Pastana também comentou o acordo para liberação de Romagnoli. "Não adianta colocar no elenco um atleta com a cabeça longe. Estamos buscando a reação no Campeonato Brasileiro e precisamos de um grupo comprometido". Com 15 pontos, o Bahia atualmente é o 18º colocado na Série A, dentro da zona de rebaixamento.Veja o vídeo[youtube fvBqiMItmgc]
Histórico - No início da temporada, o Bahia lançou uma campanha ousada para alcançar a marca de 30 mil sócios-torcedores. Caso o clube atingisse a meta, um meia seria contratado. Para isso, a camisa 10 foi guardada até que esse jogadores chegasse. Precavido, o time não esperou alcançar a marca e se acertou com Leandro Romagnoli, que havia conquistado o Campeonato Argentino pelo San Lorenzo no ano anterior. Ele assinou pré-contrato com o Bahia após receber 50 mil dólares. O acordo exigia que ele se apresentasse no Fazendão no dia 1º de julho.
Apesar da direção do clube tentar manter o acordo feito em sigilo, não demorou para que o nome de Romagnoli vazasse na imprensa. A torcida já aguardava ansiosa pela chegada do camisa 10. A questão é que o San Lorenzo, até então desacreditado na Libertadores, passou a avançar no torneio mais importante do continente. Romagnoli alegou uma renovação automática de contrato com o clube caso o El Ciclón continuasse no torneio e não chegou a Salvador na data prevista. Jogou as semifinais e ajudou o time a chegar na decisão. A direção do Bahia, então, resolveu descartar a contratação e passou o caso para o seu departamento jurídico, que acionou a Fifa. A camisa 10, guardada para Romagnoli, acabou sendo entregue para Marcos Aurélio.
Com a demissão de Ocimar Bolicenho e a queda de Marquinhos Santos, chegaram Rodrigo Pastana e Gilson Kleina. Ambos opinaram a favor da contratação de Romagnoli e o Bahia voltou atrás. Decidiu conversar com o jogador, que só chegou na Bahia depois do San Lorenzo disputar a final da Libertadores. O meia chegou no último domingo, recebeu a camisa de número 100 e foi festejado pela torcida. Ele já havia revelado o interesse em permanecer no San Lorenzo para jogar o Mundial de Clubes no final do ano, mas o valor de 500 mil dólares da multa rescisória dificultou sua vontade. Após alguns dias de negociação, Bahia e Romagnoli chegaram a um acordo e, nesta quinta, oficializaram o distrato do pré-contrato.
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