Presidente do Bahia, Fernando Schmidt rebateu
declarações dadas por Marcelo Guimarães Filho em entrevista com jornalistas da Rede Bahia. Entre as acusações, o ex-dirigente tricolor afirmou que o atual presidente foi eleito de forma irregular, pois sequer seria sócio e teria pago os 12 meses de mensalidades de uma só vez - o período de carência necessário para se candidatar. Procurado pelo Correio*, Schmidt explicou. "Exatamente igual a ele. Ninguém conseguiu descobrir os documentos relativos a condição de sócio dele. E, por uma benevolência da comissão eleitoral, foi aceita a condição dele de votante. Eu não. Me beneficiei de uma resolução da comissão eleitoral e das leis da república, da constituição e da legislação esportiva. Sócio patrimonial tem direito a uma parte do patrimônio e essa parte não pode ser expropriada sem garantir o processo legal. A comissão interventora aceitou esses argumentos e fixou o prazo prescricional previsto no código civil para eu ficar adimplente", disse o atual presidente do clube. Outro ponto apontado por Marcelo Filho foi referente a falta de pagamento de FGTS. Ele alegou que havia dívida até da última gestão de Schmidt, nos anos 1970. "Desconheço completamente isso. Quando saí do Bahia, o clube tinha todas as certidões negativas relativas aos órgãos do governo federal, estadual e municipal", garantiu.
Política - Marcelo Filho também criticou o processo de intervenção e falou que o Bahia hoje está sendo utilizado por políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) com fins eleitorais. O secretário Estadual de Comunicação Robinson Almeida rechaçou a ideia de "aparelhamento político" levantada pelo ex-presidente. "Marcelo Filho está procurando culpados para sua destituição do cargo. A presença de Schmidt se dá pela sua história e seu envolvimento para além de partido e de governo no Bahia".