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Tartá fez um gol e deu duas assistências nesta Série B |
Ele cresceu na comunidade Brás de Pina, Subúrbio carioca. Tagarela, Tartá tirou do dia a dia a sacada pra ter sucesso nos gramados. "Cada um tem seu jeito e no Subúrbio a gente passa na esquina, troca uma ideia, toma aquela cerveja e sacaneia um com o outro. Tem que sacar as coisas rápido, como no campo", dá aula de malandragem o camisa 10 do Vitória, cara de drible fácil e de velocidade fundamental para a boa fase rubro-negra. Canhoto, Tartá, de um gol, duas assistências e seis jogos na Série B, é o boleiro que não não se permitiu perder a ousadia de jogar, mesmo tendo chegado no Fluminense com apenas 12 anos. "Tem muito jogador que perde suas características com tanto tempo de base. Tive sorte, isso não incorporou em mim", brinca. Por isso, quando chegou ao profissional do Fluminense por intermédio do então técnico Renato Gaúcho, ganhou um apelido especial do ex-atacante Washington, o Coração Valente. "Ele dizia: Moleque, você é peladeiro. Sua perna vai pra um lado, depois vai pro outro", lembra. Ousado, resenheiro, mas muito obediente taticamente. Atuando como um antigo ponta-esquerda, Tartá cumpre direitinho os comandos do técnico Carpegiani. "Acompanho a saída do lateral, fecho pelo meio. Sei bem a minha função e quando dá eu arrisco uma jogada ou outra", explica o encarregado de ocupar o corredor esquerdo do Vitória, que ganhou 13 dos 18 pontos disputados na Série B.
Pagodinho - Tartá demorou a apresentar suas virtudes ao torcedor rubro-negro. Após um período machucado ou sem ser relacionado nos jogos, apareceu com Ricardo Silva, após a saída de Toninho Cerezo. Esperto, se firmou desde a primeira chance como titular na vitória por 2x1 no Botafogo, no Rio, pela Copa do Brasil. Magrinho, a inspiração de Tartá para apostar nos dribles atende pelo nome de Robinho, hoje atacante do Milan. "Ele me marcou muito em 2002. Eu tava na base e ele passava por todos, muito na malandragem. Observava o jeito que ele recebia a bola. Quem é franzino, tem que pensar antes do marcador. Eu faço isso", acredita ele, de apenas 65kg. E a alegria dos gramados reflete o jeito de Tartá viver a vida. Quando é tempo de férias mesmo... "Vou pro Rio, levo meus pais pra ver um pagodinho novo na Lapa (bairro boêmio carioca). Também passo em Ipanema e sempre converso com o professor Renato (Gaúcho), o rei das areais", comenta ele, que prefere não se arriscar no futevôlei, muito menos contra o treinador que o lançou no Fluminense. Nesse jeito leve de curtir a vida, Tartá espera dar mais alegria aos rubro-negros no sábado, contra o Goiás.
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