No seu primeiro ano na seleção mexicana, o volante Gerardo Torrado, então com 20 anos, jogou pouco, mas pôde comemorar um título inédito. Com uma vitória por 4x3 sobre o Brasil de Ronaldinho Gaúcho, o México conquistou a Copa das Confederações de 1999, no seu Estádio Azteca, e começou a virar uma grande dor de cabeça para a Seleção Brasileira. De lá para cá, Torrado tornou-se quase membro permanente da seleção. Completa hoje 140 jogos pela seleção e tem boas lembranças dos confrontos com o Brasil - a quem já ajudou a derrotar na Copa América, na Copa Ouro e até na Copa das Confederações de 2005, quando o Brasil acabou campeão, mas sofreu sua única derrota para os mexicanos. Nada disso, entretanto, deixa o veterano volante, agora com 34 anos, animado para o jogo de hoje. “As circunstâncias eram diferentes. Enfrentamos o Brasil sem pressão, ou porque as competições ainda estavam no começo ou porque já estávamos na final. Agora, é a situação é outra. Temos que vencer para continuar na Copa”, analisou o jogador do Cruz Azul (México) desde 2005, após ter passado cinco temporadas na Espanha. O retrospecto mexicano contra a Seleção Brasileira desde 1999 nas competições oficiais é impressionante. “Lembro que vencemos o Brasil na Copa Ouro e na Copa América”, disse Torrado. Em 2001, ele estava em campo quando o México derrotou o Brasil, já comandado por Luiz Felipe Scolari por 1x0, na primeira fase da Copa América - os brasileiros seriam eliminados após perder para Honduras e o México foi vice. Dois anos depois, o Brasil, campeão mundial, mandou sua seleção olímpica para disputar a Copa Ouro da Concacaf, nos EUA e a Seleção perdeu duas vezes por 1x0, inclusive na final. O mesmo placar se repetiu na primeira rodada da Copa das Confederações de 2005, um ano depois da única vitória do Brasil em jogos oficiais para o rival neste século: uma goleada por 4x0, dois gols de Adriano, na Copa América. “É sempre muito difícil enfrentar o Brasil: são muitos jogadores talentosos, muitas individualidades. Mas o México passou a se fazer respeitar”, diz Torrado que, em 2007, estava novamente em campo quando as seleções principais dos dois países se enfrentaram pela última vez em jogos oficiais: 2x0 para os mexicanos na abertura da Copa América, que o Brasil acabaria por conquistar, vencendo a Argentina na final no primeiro título sob o comando de Dunga. De lá para cá, só amistosos. O único jogo à vera foi entre as equipes olímpicas na decisão de Londres 2012: 2x1 México. “Foi uma grande vitória dos nossos jovens”, lembrou o volante, que, com 33 anos, não foi convocado. As lembranças permitiram até um sorriso após a derrota para a Itália. “Será duríssimo para nós”. Leia mais De volta ao palco de última derrota em casa, Brasil encara México Matéria original: Jornal Correio* Veterano Torrado é símbolo do time mexicano, pedra no sapato do Brasil
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