Foram necessárias 33 rodadas para o Bahia chegar ao número mágico dos 45 pontos e assim eliminar praticamente o risco de rebaixamento. Apesar de tradicionalmente ser um otimista nato, o torcedor tricolor dificilmente imaginaria um cenário como este. Com o primeiro objetivo cumprido, coube ao time de Paulo Cézar Carpegiani buscar aquele "algo mais".
A consequência disso é que com os 49 pontos, conquistados após o triunfo por 3x1 sobre o Santos na Fonte Nova, o Bahia alcançou a sua melhor campanha desde 2003, quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos. Até então, o "recorde" era da equipe comandada por Cristóvão Borges, em 2013, que chegou aos 48 pontos e terminou a competição na 12ª colocação.
Restam três partidas até o fim da Série A e para Carpegiani, é hora de assumir um novo compromisso e uma nova meta. "O que eu disse aos jogadores no vestiário, assumimos um compromisso, atiçamos a torcida, mexemos com a torcida, e temos uma enorme responsabilidade que está nos nossos ombros. E isso só está nos nossos ombros porque pertencemos ao Bahia nesse momento em que o time faz uma boa campanha. Ao assumir isso e trazer o torcedor, nossa responsabilidade aumentou, e vamos tratar de cumprir", afirmou.
Carpegiani, inclusive, é um dos responsáveis por essa campanha e principalmente pelo grande momento da equipe. Em nove jogos sob seu comando foram cinco triunfos, três empates e somente uma derrota, o que corresponde a um aproveitamento de 66,6%, inferior apenas ao do líder e já campeão Corinthians, que tem 67,6.
Desde a chegada de Carpé, alguns jogadores também cresceram de produção, como Edigar Junio e Mendoza. O camisa 11 tinha apenas dois gols na Série A antes da chegada do treinador e agora é o artilheiro da equipe na competição com 12 gols. Foram 10 nos últimos nove jogos. O colombiano, por sua vez, marcou quatro vezes desde que Carpegiani assumiu e é o vice-artilheiro do time na competição com oito gols.
O Bahia tem o terceiro melhor ataque do campeonato com 49 gols marcados, atrás apenas do Grêmio, com 51 e do Palmeiras, com 58. Mesmo aos 68 anos e com vasta experiência no futebol, Carpegiani tem se surpreendido com a torcida do Bahia e principalmente pela sinergia com o time que até o contagiou.
"Essa cobrança, a euforia, a torcida que é bastante fanática. Um fanatismo que eu há muito tempo não vejo, e estou há bastante tempo no futebol, é contagiante. Em função disso, você trata de corresponder. Isso que a gente faz. No futebol, não tem coisa mais bonita do que botar seu time e buscar o resultado e conseguir o resultado", destacou.
Pela frente, o tricolor tem ainda o Sport, neste domingo (19), às 16h, na Ilha do Retiro, depois Chapecoense na Fonte Nova, dia 25 e por último o São Paulo, no dia 3 de dezembro, no Morumbi. Para Zé Rafael, o jogo contra o time pernambucano é essencial para que o Bahia conquiste a tão sonhada vaga na Libertadores.
"Para a equipe do Sport, é um último suspiro. Se perderem, vão estar praticamente rebaixados. É o jogo da vida deles. Assim como vai ser o nosso do outro lado, o jogo-chave para a gente buscar essa vaga para a Libertadores.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade