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Veja as ideias dos pré-candidatos para mandato "tampão" no Bahia

Fernando Schmidt, Rui Cordeiro, Binha de São Caetano, Antonio Tillemont e Euvaldo Jorge já confirmaram candidatura

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20/08/2013 às 7:30 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:07 - há XX semanas
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Com a mudança do estatuto sacramentada, o Bahia agora se volta para as eleições que devem acontecer no dia 7 de setembro. Presidente, vice-presidente e 100 conselheiros serão eleitos através de voto direto dos sócios tricolores e o iBahia Esportes procurou os pré-candidatos à presidência para saber o que o novo presidente deve priorizar durante o mandato que vai durar apenas até dezembro de 2014, sem a possibilidade de reeleição.
Fernando Schmidt presidiu o Bahia durante os anos 70 e ganhou o apoio de Bobô e Virgílio Elísio
Fernando Schmidt, ex-presidente do clube e Secretário para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia do Governo do Estado "Em primeiro lugar, o Bahia está concluindo um processo de intervenção jurídica e tem que ter um processo de intervenção administrativa. O novo presidente do Bahia que vier a ser eleito, neste mandato que deve ir até dezembro de 2014, é como se fosse uma continuidade da intervenção. É preciso sanear o Bahia em primeiro lugar. A situação financeira do Bahia, patrimonial, social, é vexatória. Por isso mesmo é necessário que haja um mandato de transição com a união de todas as forças que estão comprometidas também com essa ideia. Não com aquelas forças que estão querendo sabotar e impedir que essa ideia vá para frente. Além disso, acho que você, ao sanear o Bahia financeiramente, você tem condições também de inaugurar uma nova forma de governança no Bahia. É necessário que essa mobilização de participação não termine aqui, nem termine numa eleição. É necessario que se planeje, que esse planejamento seja compartilhado e que a execução seja acompanhada. E que se preste contas daquilo que estão fazendo. Há quanto tempo não se presta contas no Bahia? Há quanto tempo que não se sabe quanto é a folha do Bahia? Há quanto tempo se cometem irregularidades no Bahia sem que nada ou nenhum tipo de apuração efetivamente aconteça? Por isso, o interventor, doutor Rátis, contratou uma auditoria, e quem for escolhido como presidente tem que dar a maior força a essa auditoria, para que suas conclusões sejam encaminhadas aos órgãos do direito".
Rui Cordeiro foi candidato à presidência em 1996 e 2008, perdendo para Marcelo Guimarães e Marcelo Guimarães Filho
Rui Cordeiro, engenheiro e empresário "Nós temos um projeto elaborado por técnicos da Getúlio Vargas. Vamos trabalhar com três pilares: democracia, transparência e profissionalismo. Em fevereiro de 2009, protocolei o primeiro pedido de eleições diretas no Bahia. Em 2010, protocolei o pedido de renúncia do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho. Sou o único candidato que não está ligado a nenhum grupo político. Sou independente, o único que sempre esteve contra a família Guimarães. Luto pela democratização do Bahia há mais de quarenta anos. Me candidatei por duas vezes, sabendo que iria perder, mas dessa vez, vou me candidatar para vencer" (entrevista concedida ao repórter Cecílio Angelico, do jornal Correio*). Propostas de Rui Cordeiro publicadas em seu site oficial 1. Intervir imediatamente na gestão do Esporte Clube Bahia, estancando o desrespeito aos Estatutos, a ilegalidade, a evasão de recursos, a ausência de receitas, o excesso de despesas e a má gestão. 2. Concluir e ampliar a Auditoria em curso, focando todas as áreas do Clube. 3. Reformulação completa na concepção empresarial do Clube, modernizando e implantando gestão Corporativa. 4. Elaborar plano estratégico, com base nos resultados da Auditoria e implementá-lo imediatamente. 5. Efetuar prestação de contas mensal, de forma pública e transparente, além de auditoria permanente. 6. Procurar todos os parceiros, credores e patrocinadores, para repactuar os contratos existente, extinguindo as cláusulas de confidencialidade, se houver. 7. Implantar o regimento interno, inclusive o plano de cargos e salários, além de benefícios sociais para os funcionários. 8. Profissionalizar todas as atividades do clube, com ênfase no futebol. 9. Estabelecer contratos de prestação de serviços com prazos determinados e valores pré-fixados através de parcerias. 10. Contratação de atletas de alto nível, agregadores, de espírito e conduta profissional, observando e analisando a conduta em outros clubes.
Vaiado por torcedores na Assembleia Geral de sábado, Binha pede respeito: "sou um torcedor simples"
Binha de São Caetano, torcedor símbolo do clube "Investir na estrutura do Bahia, montar uma grande equipe, porque o Bahia foi campeão brasileiro em 1989 e o Bahia precisa ser campeão de uma Copa do Brasil, de uma Libertadores, de um Mundial e de uma Série A, porque o Bahia é uma grande equipe do futebol mundial. Então, quem entrar para ser presidente do Bahia tem que investir para ser campeão brasileiro, porque o Bahia entrar em competição para participar não existe. O Bahia tem que ser campeão de uma Copa do Brasil, de uma Série A, de uma Libertadores e de um Mundial. Eu sendo presidente do Bahia vou investir para o Bahia ser campeão da Copa do Brasil, Série A, Libertadores e Mundial, porque o Bahia é uma grande equipe do futebol Mundial. E eu vou botar 100 mil sócios pagando R$ 20 por mês, porque o torcedor do Bahia é humilde, é simples, é modesto, então 100 mil sócios pagando R$ 20... Uma receita muito boa para manter as condições do Bahia em dia. Quem quer ver o bem do Bahia, vota em Binha para presidente do Bahia. Eu acho que não deveriam me vaiar, deveriam me respeitar, porque eu sou um torcedor do Bahia, simples, humilde e modesto sempre presente. Só porque eu sou um cara pobre de dinheiro? Eu sou tão inteligente igual aos outros, não tenho o poder financeiro, mas eu tenho o poder de Deus, que é mais. E eu presidente do Bahia, o Bahia vai ganhar tudo".
Empresário do ramo esportivo, Antonio Tillemont pediu afastamento da rádio Metrópole para se candidatar
Antonio Tillemont, comentarista e empresário "Eu acho que o presidente tem que atacar em duas vertentes. Uma é administrativa, reorganizar a casa que está completamente bagunçada. Reduzir salários de dirigentes, o Bahia paga hoje salário a dirigente de R$ 25 mil, R$ 30 mil, quando você pode botar bons profissionais entre R$ 5 mil a R$ 15 mil. Só aí você estaria economizando praticamente a metade. Uma redução drástica no quadro de funcionários do clube. Rever os contratos que foram assinados em nome do clube, com Arena Fonte Nova, Netshoes... porque pensam que o Bahia é Nike, mas o Bahia não é Nike, o Bahia é Netshoes. Aliás, acho que o interventor fez um grande avanço. O Carlos Rátis fez em pouco mais de um mês o que deixaram de fazer esses anos todos. O cara está saneando as despesas do clube, o cara está fazendo uma reforma estatutária que a torcida pede há mais de 20 anos. Ele já vai dar uma contribuição extraordinária para quem for o próximo presidente. O problema agora é reorganizar a casa, porque não pode o Bahia faturar R$ 65 milhões a R$ 70 milhões por ano e terminar o ano devendo R$ 13 milhões. Que conta é essa? Então está muito claro que estão gastando mal, mais do que deviam, ou desviando. Acho que se o Bahia tiver um presidente que não desvie um centavo sequer, o Bahia é extremamente viável. É só planejar, não gastar mais do que arrecada, se não a conta não vai bater nunca".
Formado em Contabilidade e Direito, Euvaldo Jorge comandou a antiga Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin)
Euvaldo Jorge, vereador pelo PP em Salvador "Arrumar a casa. Acho que o Bahia precisa de um grande administrador, precisa de uma pessoa que possa se dedicar e arrumar a casa. A gente tem que ter um equilíbrio financeiro, a gente tem que ter sensibilidade em todos os níveis. Você não pode estar com o caixa sempre no vermelho, surge um jogador, surge uma promessa e você tem que vender imediatamente para poder suprir o caixa. Você tem que ter tranquilidade, esperar que o jogador fique pronto, valorizado, para aí sim você abastecer o caixa à vontade. O presidente precisa ter equilíbrio financeiro, tem que botar em diretorias pessoas especialistas. Você não pode administrar o clube com amigos, você tem que administrar o clube com profissionais. Pessoas que sejam tricolores, mas que sejam profissionais e competentes naquilo que vão exercer. Você não pode ter um diretor administrativo que não conhece administração. Você não pode ter um diretor social que não conheça da parte social. O financeiro a mesma coisa, para poder equilibrar as finanças do Bahia e ter responsabilidade das aquisições, trazer o que você pode pagar, assumir compromissos que você pode pagar, ou seja, é uma coisa simplória, que é equilibrar o financeiro. Se não fizer isso, nada vai para frente". *A equipe de reportagem do iBahia Esportes tentou contactar o presidente destituído Marcelo Guimarães Filho para saber se ele seria candidato nas eleições do dia 7 de setembro, mas não obteve sucesso. Leia mais Eleição para presidente será no dia da Independência do Brasil Saiba quais os próximos passos da intervenção; voto nas eleições será secreto Novo estatuto do Bahia é aprovado pelos sócios em Assembleia Geral

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