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"Vi preconceito", diz Jeferson Silva sobre pergunta de repórter

Aos 20 anos, o garoto mostrou, em rede nacional, a personalidade e autenticidade tão carentes no futebol ao responder a pergunta de um repórter

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08/11/2014 às 9:31 • Atualizada em 01/09/2022 às 19:11 - há XX semanas
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Nem todo jogador da base consegue alcançar a maturidade necessária para ser promovido ao profissional. No caso de Jeferson Silva, volante do time júnior do Bahia, isso não deverá ser um problema. Aos 20 anos, o garoto mostrou, em rede nacional, a personalidade e autenticidade tão carentes no futebol, ao responder de forma simples, uma pergunta do repórter do canal fechado SporTV na transmissão de São Paulo 2 x 2 Bahia, pela Copa do Brasil da categoria.
Ao ser questionado se o estádio do Morumbi o intimidava, Jeferson disse sorrindo: “Que nada! Lá (aqui) a gente tem a Fonte Nova que é melhor do que isso (Morumbi)”, afirmou. A repercussão da declaração nas redes sociais após a partida foi grande. Em entrevista ao CORREIO, o jogador mostrou-se surpreso. “A galera veio falar comigo, disseram que fui bem demais (risos). Ganhei até novos seguidores no Instagram”, contou.

Titular do time sub-20, Jeferson sonha em subir para o profissional em 2015. Foto: Vaner Casaes / Ag. BAPRESS

Em relação à pergunta do repórter, o garoto admitiu ter sentido um certo preconceito. “Na realidade, eu senti um preconceito sim. Falei o que pensei na hora. Acho que depois das eleições, essa rixa Nordeste x Sudeste ficou maior. Senti que depois da minha resposta, ele ficou meio desconcertado”.
O sociólogo Roberto Albergaria fez uma análise sobre a resposta de Jeferson, relacionando-a com o preconceito com os nordestinos, mais evidente depois das eleições presidenciais, conforme Jeferson lembrou. “Se a resposta dele foi irônica, ótimo. Parece que na Bahia não tem carro, não tem estádio... Mas isso é algo muito antigo, coisa do século XIX. Não podemos imaginar um mundo sem preconceito, isso sempre existiu. O que aconteceu durante o período das eleições é o que chamamos de ‘histeria coletiva da classe média’, mas o preconceito com o nordestino é ambivalente. Eles criticam, mas passam o Verão aqui. É um jogo vicioso, não adianta alimentar isso”, explicou. Desde pequeno - Quando tinha 15 anos, Jeferson chegou ao Bahia, sendo aprovado nos testes como meia. O técnico Edson Fabiano foi o responsável por recuar o jogador para atuar de volante. O garoto jogou ao lado de Talisca, que hoje brilha no Benfica e foi reserva de Feijão. Tricolor desde criança, ele acredita na permanência do clube na Série A. “Quando o profissional não vai bem é ruim para todo o clube. Temos que acreditar, pois há chance”, finalizou. Matéria original do Correio Após pergunta de repórter, sub20 do Bahia Jeferson Silva admite: ‘Senti um certo preconceito’

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