Escritora, compositora, bacharel em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e atualmente mestranda em Cultura e Sociedade na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tertuliana Lustosa é uma mulher que carrega diversos significados.
Vocalista da banda de pagode ‘A Travestis’, a piauiense erradicada na Bahia foi a convidada da estreia da live Fervo das Cores, que aconteceu na última sexta-feira (16), e abriu o coração ao falar sobre detalhes da carreira e conquistas pessoais. Ela também fez um alerta importante pela luta contra a transfobia. A Bahia é o sétimo estado do país que mais mata pessoas trans, segundo Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
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"Nós travestis estamos plantando uma semente para uma futura revolução e essa revolução tem que estar incluída para todo mundo. É preciso todo mundo dar as mãos e lutar com a transfobia. É uma luta de todos nós", disse ela.
Ainda durante a entrevista com o jornalista Elson Barbosa, a cantora também dividiu detalhes sobre a carreira, o processo de aceitação, além da importância da representatividade na música.
"Houve um processo de apagamento de pessoas trans. Apenas recentemente a gente foi ter essas referências com Urias, Linn da Quebrada [...] As travestis sempre existiram, mas elas estiveram aonde? No contexto de prostituição, de expulsão familiar, de exclusão do sistema educacional e isso é muito pesado, traumático, eu espero que a gente possa ocupar o nosso lugar de direito", pontuou ela.
Assista o bate papo completo no vídeo abaixo:
Redação iBahia
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