Um cachorro da raça spitz alemão morreu na última quarta-feira (10) após ter sido atacado por um pitbull em um condomínio em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador. O ataque aconteceu na última segunda (8), quando dois cachorros escaparam e invadiram a casa. Um deles, o pitbull, mordeu o cão da raça spitz alemão. Depois de três dias internado em uma clínica veterinária, Flash, como era chamado, não resistiu.
O caso ocorreu quando a tutora do cão, a fotógrafa Ana Hillary de Araújo, se preparava para o banho e ouviu um barulho na grade, que foi colocada na porta de casa para evitar possíveis fugas do animal. Ao chegar na sala, ela se deparou com os dois cães. Flash latiu na tentativa de defender a dona, quando foi mordido e arrastado pelo condomínio.
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“Ele estava com a gente há 1 ano e 2 meses. Estamos arrasados, era parte da família. Nossos vizinhos e os funcionários do condomínio que ajudaram a resgatar, mas quando conseguiram separar, Flash já estava bem debilitado e não aguentou depois de dois AVCs e duas paradas cardiorrespiratórias”, contou o fotógrafo Eliab Alves, tutor do cachorro.
Os cães pertencem a um casal de moradores. De acordo com o tutor de Flash, Eliab Alves, que conversou com o casal após o ocorrido, eles explicaram que esqueceram o portão aberto e os cães conseguiram fugir. O iBahia também tentou contato com os tutores do pitbull, mas não teve retorno até o momento da publicação desta matéria.
A síndica do condomínio, Yramaia Parente, mora na mesma rua do casal e presenciou o caso. Segundo ela, o código de convivência estabelece regras para garantir a segurança dos moradores e animais. “Cada casa pode ter apenas um animal de pequeno, médio ou grande porte. Em caso de passeio, deve estar com a guia e acompanhado de um adulto. Para animais de médio e grande porte, a depender da raça, é importante que estejam com estrangulador e focinheira, caso fujam ou se soltem, além da multa direta em caso de qualquer infração relacionada a cachorro”, explica.
Com a perda, os tutores prestaram uma homenagem ao cãozinho nas redes sociais e destacaram o amor e a saudade do animal. “Seu amor, alegria e energia encheram nossa casa e nossos corações. (...) A dor de te perder é imensa e nossa casa está um vazio sem fim sem você aqui”, diz o texto.
O post também serviu de alerta sobre ataques. “Depois que postamos, muitas pessoas mandaram mensagem se sensibilizando e relatando situações muito semelhantes a que vivemos. Fica o alerta sobre a importância de mantermos todos os cuidados para evitar ataques não só a outros animais, mas a pessoas também”, ressaltou Eliab.
Poodle morre após ser atacado por pitbull enquanto passeava na Barra
Em abril deste ano, outro caso envolvendo ataque de pitbull deu o que falar em Salvador. Um poodle morreu após ser atacado pelo cão pitbull no bairro da Barra, em Salvador.
O poodle, chamado Marvin, pertencia a uma adolescente de 12 anos, que tem Síndrome de Down. Ela passeava com o cão quando a situação aconteceu, por volta das 12h.
A menina caminhava na orla, quando entrou no restaurante da família e deixou o animal na entrada do estabelecimento, preso em uma coleira. O pitbull, que estava solto na rua e sem tutor aparente, se aproximou do poodle e o atacou.
O funcionário do estabelecimento, Tiago Santos, presenciou toda a situação. Ele tentou salvar o cachorro, puxando o animal, mas não conseguiu. "Quando suspendi Marvin, ele desceu da coleira e o pitbull avançou em cima dele. Pegou pela cintura e saiu puxando. Tentamos tirar de tudo que foi jeito, mas quando soltou, foi tarde demais", contou Tiago Santos à TV Bahia.
A mãe da adolescente, Dira Ramos, contou que a adolescente está assustada após a morte do cachorro e com medo. "Ela está em estado de choque, porque o cachorrinho fazia parte da nossa família. A gente está em uma situação complicada, porque ela não para de falar, está com medo", disse a empresária Dira Ramos.
Milena Brandão
Milena Brandão
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